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Remígio-PB, Paraíba, Brazil
Mestre em Letras pela UEPB e professor de Língua Portuguesa do ensino médio em escola de tempo INTEGRAL. Meu interesse com esse espaço é poder divulgar e compartilhar com todas e todos minhas atividades escolares e questões objetivas de português para estudos voltados para concursos públicos e o ENEM.

sexta-feira, 19 de maio de 2023

ATIVIDADE DE PORTUGUÊS SOBRE O GÊNERO TEXTUAL RESUMO

SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. – 34º ed. - Rio de Janeiro: Agir, 1999.

O objetivo principal deste livro é tratar sobre as aventuras cômicas de dois nordestinos, João Grilo e Chicó, que são os personagens centrais da peça. De início, vê-se que João Grilo é o que se aproveita da estupidez dos ricos e do clero para exercer sua esperteza e sempre consegue levar a melhor. Chicó é o covarde e mentiroso. João Grilo depois que consegue convencer o padre a enterrar o cão do padeiro, e vender um gato à mulher adúltera do patrão, tenta enganar o cangaceiro Severino, mas é morto pelo homem que trabalha para o cangaceiro. Em seguida, todos são mortos, menos Chicó, que sai de cena para rezar pelo amigo. João Grilo vai parar no tribunal celeste e não aceita as acusações do diabo (Encourado) diante de Manuel (Cristo) e chama por Nossa Senhora (Compadecida). Depois, com toda sua esperteza, consegue superar o diabo. Vão para o purgatório: o bispo, o padre, o sacristão, o padeiro e sua mulher; Severino e o “cabra” vão para o céu; Por fim, João Grilo, graças à intervenção de Compadecida, volta à vida com a promessa de se comportar direito. Reencontra-se com Chicó, que prometeu todo o dinheiro para Nossa Senhora.

Palavras-chave: Esperteza. Medroso. Cangaceiro. Diabo. Jesus.

Lucas Azevedo. Aluno do 2º ano “médio”

Rio de Janeiro, 13 de junho de 2011

1.    Após ler o texto, responda:

a)    Que texto é este? 

b)    Qual a sua finalidade? 

c)    Qual o tema deste texto? 

d)    Quem produziu este texto? 

e)    Qual a estrutura deste texto?

 

2.    Sobre a referência bibliográfica do texto, explique:

a)    O que é “SUASSUNA”?

b)    Pela forma como a referência foi feita, deduz-se que o aluno leu a obra inteira ou apenas uma parte dela? 

c)    O que significa “34º ed.”?

d)    O que significa “Agir”?

e)    O que quer dizer o ano “1999”?

 

3.  Retire do texto as palavras e expressões que foram utilizadas para organizar o texto, ou seja, os organizadores textuais.

 

4.    Marque V para verdadeiro e F para falso: 

(   ) Na última frase, percebe-se a opinião do autor do resumo.

(   ) O texto foi escrito em linguagem impessoal.

(   ) O texto é dividido em três parágrafos.

(   ) As palavras-chave são temáticas, pois resumem o tema do resumo.

(   ) O texto trouxe os principais acontecimentos da obra literária.


5.    Com relação ao tempo verbal do resumo, é correto afirmar:

a)    Predomina o pretérito perfeito.

b)    Há apenas a narração em pretérito imperfeito.

c)    Nota-se a predominância do tempo presente.

d)    O texto foi escrito no tempo futuro do subjuntivo.

e)    Observa-se a predominância do tempo futuro do presente.

 

6.   No trecho: “De início, vê-se que João Grilo é o que se aproveita da estupidez dos ricos e do clero para exercer sua esperteza e sempre consegue levar a melhor”. O que significa a palavra em destaque?

a)    Polícia.

b)    Membros da Igreja Católica.

c)    Membros da Igreja Evangélica.

d)    Escola.

e)    Padaria.

 

7.  No trecho: “tenta enganar o cangaceiro Severino, mas é morto pelo homem que trabalha para o cangaceiro.” A palavra em destaque pode ser substituída por, exceto:

a)    Porém

b)    Todavia

c)    Contudo

d)    Entretanto

e)    Então

 

8.    A palavra “mas” em destaque tem o sentido de:

a)    Oposição

b)    Soma

c)    Explicação

d)    Conclusão

e)    Alternância

 

"Uma técnica de estudo muito interessante é a estratégia de SUBLINHAR palavras, expressões ou frases para destacar aquilo que achamos que é importante dentro de um texto. Podemos usar uma régua, marca texto ou caneta colorida para destacar essas informações. Sublinhar é uma técnica indispensável tanto para elaboração de esquemas e resumos quanto para destacar as ideias importantes de um texto. Você costuma usar essa técnica? Se não, passe a utilizá-la, pois vai te ajudar bastante. Caso já a use nos seus estudos, você está de parabéns. Agora vamos realizar uma atividade em que você vai precisar desta estratégia de estudo. Mãos à obra!"

Leia o texto 2 abaixo:

Durante coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul, nesta sexta-feira (20), autoridades fizeram um apelo sobre a importância da quarentena para o controle do COVID-19, também conhecido como Coronavírus.

“Isolamento social não é férias. Não é o momento de viagem, não é o momento de andar no parque, não é o momento de confraternização. O quanto mais as pessoas puderem ficar em casa não é mais apenas um ato de higiene, mas um ato humanitário, de respeito ao próximo, de respeito à família, aos amigos, aos conhecidos. É importante insistir nessa tecla. Só com isso vamos passar melhor por essa pandemia. O isolamento social não é motivo para festejar”, enfatizou o prefeito Bruno Covas.

Na manhã de hoje, entrou em vigor na cidade de São Paulo o decreto que veda o funcionamento do comércio na cidade para atendimento presencial até o dia 5 de abril deste ano. De acordo com a medida, fica autorizada apenas a manutenção dos serviços administrativos e a realização de vendas por meio de aplicativos, internet ou instrumentos similares.

governador João Doria também lembrou os cuidados que devem ser tomados com a população mais idosa. “Protejam as pessoas com mais de 60 anos. Dê a elas o carinho, a proteção e não permitam que saiam das suas casas. Esta é a orientação dos médicos e uma prova de carinho".

Para o infectologista e coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus no Estado de São Paulo, David Uip, as medidas de restrição, como as que foram adotadas, são fundamentais para retardar a evolução do vírus, diminuindo assim o número de infectados em todo o país. De acordo com as projeções dos infectologistas que atuam no Centro de Contingência do Coronavírus no Estado de São Paulo, o pico do número de infectados deve acontecer entre os meses de abril e maio.

“Eu entendo que com as medidas tomadas pelo prefeito e pelo governador, isso vai ser conseguido. Nós temos hoje uma restrição de idas e vindas estimada em 60%, conforme informações da Vigilância Sanitária, e isso é muito importante, pois você conseguindo retardar o pico, você não sobrecarrega o sistema de saúde. Uma estratégia, adotada em muitos países, que estamos adotando aqui”, destacou o médico.        

(Disponível em: http://www.capital.sp.gov.br/, dia 20 de março de 2020)

 

9.    Sublinhe ou destaque com canetas ou lápis coloridos o que se pede sobre o texto 1 acima:

a)    Sublinhe no texto quem fez um apelo sobre a importância da quarentena.

b)    Sublinhe no texto, na fala de Bruno Covas, o que não é quarentena, segundo ele.

c)   Sublinhe no texto a data de até quando o decreto que veda o funcionamento do comércio na cidade estará valendo.

d)    Sublinhe no texto quais os cuidados devem ser tomados com a população mais idosa.

e)    Sublinhe no texto o único dado estatístico mostrado como estimativa.

 

10. Faça um breve resumo com suas palavras do texto 2 acima:

 

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terça-feira, 16 de maio de 2023

SIMULADO DE PORTUGUÊS ENSINO MÉDIO ENEM

 Leia a tirinha abaixo:

 

a)      As duas expressões apresentam o mesmo significado.

b)      Em “cadeira de balanço” a preposição “de” indica a finalidade da cadeira.

c)      Em “cadeira do balanço” a preposição “do” sugere o tipo de cadeira.

d)      A expressão “cadeira de balanço” está errada, pois o correta seria “cadeira para balanço”.

e)      O efeito de humor da tira está apenas na fala do 1º quadrinho.

 

INTENSO E ORIGINAL, SON OF SAUL RETRATA HORROR DO HOLOCAUSTO


Centenas de filmes sobre o holocausto já foram produzidos em diversos países do mundo, mas nenhum é tão intenso como o húngaro Son of Saul, do estreante em longas-metragens László Nemes, vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes.

Ao contrário da grande maioria das produções do gênero, que costuma oferecer uma variedade de informações didáticas e não raro cruza diferentes pontos de vista sobre o horror do campo de concentração, o filme acompanha apenas um personagem.

Ele é Saul (Géza Rohrig), um dos encarregados de conduzir as execuções de judeus como ele que, por um dia e meio, luta obsessivamente para que um menino já morto – que pode ou não ser seu filho – tenha um enterro digno e não seja simplesmente incinerado.

O acompanhamento da jornada desse prisioneiro é no sentido mais literal que o cinema pode proporcionar: a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja como um close em primeiro plano ou em sua visão subjetiva. O que se passa ao seu redor é secundário, muitas vezes desfocado.

Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à procura de um rabino que possa conduzir o enterro da criança, e por isso pouco se envolve nos planos de fuga que os companheiros tramam e, quando o faz, geralmente atrapalha. “Você abandonou os vivos para cuidar de um morto”, acusa um deles.

Ver toda essa via crucis é por vezes duro e exige certa entrega do espectador, mas certamente é daquelas experiências cinematográficas que permanecem na cabeça por muito tempo.

O longa já está sendo apontado como o grande favorito ao Oscar de filme estrangeiro. Se levar a estatueta, certamente não faltará quem diga que a Academia tem uma preferência por quem aborda a 2ª Guerra. Por mais que exista uma dose de verdade na afirmação, premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Soul não deixaria de ser um passo à frente dos votantes.

Fonte: (Carta Capital. n. 873, 22 out. 2015)

2.   A resenha é, normalmente, um texto de base argumentativa. Na resenha do filme Son of Saul, o trecho da sequência argumentativa que se constitui como opinião é

a)      "[...] do estreante em longas-metragens László Nemes, vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes".

b)      "Ele é Saul (Géza Rohring), um dos encarregados de conduzir as execuções de judeus [...]".

c)      "[...] a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja como um close [...]".

d)      "Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à procura de um rabino que possa conduzir o enterro da criança [...]".

e)      "[...] premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul não deixaria de ser um passo à frente dos votantes".

Leia o texto para responder as questões 3 e 4:

“De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa grandura e rapados até por cima das orelhas.”

Fonte: Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.

3.      A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:

a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente.
d) Realçar o estranhamento europeu sobre os nativos e a intenção de explorar a nova terra.
e) Criticar o modo de vida dos povos originários para evidenciar a ausência de trabalho.

4.      Assinale a única alternativa ERRADA em relação ao Quinhentismo no Brasil:

a)  A carta de Caminha é considerada pela história brasileira o primeiro documento escrito no país e sobre o país.
b)  A carta de Caminha é composta por narração, descrição e argumentação.
c)  Pero Vaz de Caminha foi o único português a enviar notícias sobre do Brasil ao rei de Portugal.
d) Padre José de Anchieta escreveu tanto literatura de caráter informativo como de caráter pedagógico.
e) Gândavo foi um cronista histórico que escreveu as curiosidades sobre a terra e os costumes indígenas, descrevendo e narrando os hábitos mais chocantes e para o povo português como os rituais antropofágicos dos índios.

Leia o texto abaixo:    

MOMENTO NUM CAFÉ 

Quando o enterro passou 

Os homens que se achavam no café 

Tiraram o chapéu maquinalmente 

Saudavam o morto distraídos 

Estavam todos voltados para a vida 

Absortos na vida 

Confiantes na vida. 


Um, no entanto, se descobriu num gesto largo e 

[demorado Olhando o esquife longamente 

Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem 

[finalidade 

Que a vida é traição 

E saudava a matéria que passava 

Liberta para sempre da alma extinta. 

Autor: Manuel Bandeira


5.      Analise as afirmações que seguem, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso) e depois assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:

(   ) Entre as duas estrofes do poema, há uma relação de oposição quanto a visões sobre a vida. 

(   ) O uso de elementos cotidianos, por trás dos quais há uma revelação, é típico em Manuel Bandeira. 

(   ) Apesar de ser construído por versos livres, o ritmo do poema torna-se mais rápido a partir da segunda estrofe. 

(   ) A expressão “tiraram o chapéu maquinalmente” sugere uma atitude sincronizada e só por educação. 

(   ) O poema propõe uma reflexão sobre a vida e não sobre a morte. 


a)      V – V – F – V – V

b)      F – F – V – V – V

c)      F – V – F – F – V

d)      V – F – V – V – F

e)      V – V – F – F – F


Observe o quadro abaixo:

 



VOSSA MERCÊ

VOSMICÊ

MERCÊ

VOCÊ

ÔCÊ

VC

C

(J. R)

 

6.   Você é um pronome pessoal de tratamento. Refere-se à segunda pessoa do discurso, mas, por ser pronome de tratamento, é empregado na terceira pessoa (como "ele" ou "ela"). Sua origem etimológica encontra-se na expressão de tratamento de deferência vossa mercê, que se transformou sucessivamente em tantas outras variações. Sobre a variação desse pronome de tratamento analise as afirmações a seguir:

I. Esse pronome sofreu uma variação através do tempo, a qual os linguistas a chamam de variação diacrônica.


II. Esse tipo de fenômeno é raro na língua portuguesa. Dificilmente uma palavra ou expressão sofre influência do tempo como aconteceu com esse pronome.


III. A forma “você” é a representante da língua culta atual. Já as variações “vc” e “c”, típicas das redes sociais, não deveriam ser aceitas pelos brasileiros, tendo em vista empobrecer nossa língua.


IV. Fenômenos como esse provam que as línguas não são estáticas, mas sim sofrem variações provocadas por diversos fatores externos (tempo, geografia, escolar, social, etc).  


Marque a alternativa que apresenta, apenas, a(s) correta(s).

a) I e IV

b) I, III e IV

c) I e II

d) I, II e IV

e) IV apenas 


Texto para responder as questões 7 e 8:

TORRE DE BABEL

Torre de Babel é um conhecido mito narrado na Bíblia o qual conta o episódio em que as pessoas de uma cidade decidiram construir uma torre que alcançaria os céus. No mito, Deus interveio na situação, promovendo confusão na humanidade ao criar diferentes idiomas.

Os historiadores acreditam que essa história pode ter origem na Mesopotâmia e que a torre em questão seja um zigurate que foi construído na Babilônia. O mito da Torre de Babel conta que após o dilúvio (outra narrativa presente na Bíblia), um grupo de pessoas se fixou em um determinado local, decidindo criar ali uma cidade e realizar a construção de uma torre que alcançasse o céu.

O objetivo dessa construção seria impedir que as pessoas se espalhassem e tornar a torre famosa. Entretanto, Deus desceu dos céus para observar a cidade e, ao perceber o ocorrido, resolveu intervir na situação. Ele decidiu gerar grande confusão na humanidade ao criar diferentes idiomas. 

O surgimento de idiomas distintos fez com que a construção fosse interrompida, já que os seres humanos não mais se entendiam. Assim, a humanidade se dispersou. Esse mito pode ser encontrado em Gênesis 11:1-9.

(Fonte: https://www.historiadomundo.com.br/babilonia/torre-babel.htm, acessado em 05/05/2023)


7.    Através da comunicação, os seres humanos partilham diferentes informações entre si, tornando o ato de comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade. Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital, sendo uma ferramenta de integração, instrução, de troca mútua e desenvolvimento. O processo de comunicação consiste na transmissão de informação entre um emissor e um receptor que descodifica (interpreta) uma determinada mensagem. No texto bíblico acima, podemos afirmar que Deus, com objetivo de atrapalhar o plano dos homens, interveio em um dos seis elementos da comunicação, assinale a letra que mostra qual:

a)      No emissor

b)      No receptor

c)      Na mensagem

d)      No código

e)      No canal


8.      Ainda sobre o texto acima, assinale a alternativa que traz a função da linguagem predominante:

a)      Função fática, caracterizada pelo diálogo entre Deus e a humanidade.

b)      Função metalinguística, dada pela intervenção linguística feita por Deus.

c)      Função referencial, visto que traz uma explicação bíblica sobre a origem dos diversos idiomas. 

d)      Função emotiva, dada pela expressividade subjetiva de Deus.

e)      Função apelativa, visto que tenta convencer o leitor de que Deus agiu certo.

 

CAPÍTULO LIV – A PÊNDULA

Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada. Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o bater da pêndula fazia-me muito mal; esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a cada golpe que eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava então um velho diabo, sentado entre dois sacos, o da vida e o da morte, e a contá-las assim:

— Outra de menos…

— Outra de menos…

— Outra de menos…

— Outra de menos…

O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não deixasse de bater nunca e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. Invenções há, que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a hora exata em que morre.

Naquela noite não padeci essa triste sensação de enfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias tumultuavam-me cá dentro, vinham umas sobre outras, à semelhança de devotas que se abalroam para ver o anjo-cantor das procissões. Não ouvia os instantes perdidos, mas os minutos ganhados.

 Fonte: ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992 (fragmento).

 

9.     O capítulo apresenta o instante em que Brás Cubas revive a sensação do beijo trocado com Virgília, casada com Lobo Neves. Nesse contexto, a metáfora do relógio desconstrói certos paradigmas românticos, porque

a) o narrador e Virgília não têm percepção do tempo em seus encontros adúlteros.

b) como “defunto autor”, Brás Cubas reconhece a inutilidade de tentar acompanhar o fluxo do tempo.

c) na contagem das horas, o narrador metaforiza o desejo de triunfar e acumular riquezas.

d) o narrador compara a duração do sabor do beijo à perpetuidade do relógio.

e) o relógio representa a materialização do tempo e redireciona o comportamento idealista de Brás Cubas.

 

Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Pórfiro, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo.

Fonte: AZEVEDO, A. O Cortiço. São Paulo: Ática, 1983 (fragmento).

 

10.  No romance O Cortiço (1890), de Aluízio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois

a)      destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas.

b)      mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português.

c)      exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo.

d)      destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses.

e)      atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.

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