Hoje vamos conversar sobre um tema fundamental para o desenvolvimento acadêmico de vocês: a resenha crítica. Entender o que é e como fazer uma resenha crítica de maneira simples e prática pode ser um grande diferencial nos seus estudos. Vamos lá?
O Que é uma Resenha Crítica?
A resenha crítica é um texto que apresenta uma
análise e uma avaliação de uma obra (pode ser um livro, filme, artigo, etc.).
Diferente de um simples resumo, a resenha crítica deve incluir a opinião do
autor da resenha, destacando pontos positivos e negativos da obra, além de
considerar o contexto em que foi produzida.
Passo a Passo para Fazer uma Resenha Crítica
1. Escolha da Obra:
- Selecione uma obra que você já tenha lido ou assistido e com a qual se sinta confortável para discutir.
2. Leitura Atenta:
- Leia
(ou assista) a obra com atenção, fazendo anotações sobre pontos que
considera importantes para sua análise.
3. Pesquisa Complementar:
- Pesquise
sobre o autor e o contexto da obra. Isso pode ajudar a entender melhor o
conteúdo e a relevância do que está sendo analisado.
4. Planejamento:
- Organize
suas ideias antes de começar a escrever. Um esboço pode ajudar a
estruturar sua resenha.
5. Escrita:
- Comece
pela identificação da obra e siga com o resumo. Em seguida, faça sua
análise crítica e finalize com a conclusão.
6. Revisão:
- Revise
seu texto para corrigir possíveis erros de ortografia e gramática, além de
garantir que suas ideias estão claras e bem organizadas.
Dicas para uma Boa Resenha Crítica
- Seja
Objetivo:
Evite se alongar demais no resumo da obra. Foque na análise crítica.
- Argumente: Justifique suas opiniões
com argumentos sólidos e, se possível, com exemplos da própria obra.
- Seja
Respeitoso:
Mesmo que você não tenha gostado da obra, faça suas críticas de maneira
respeitosa e construtiva.
- Variedade
de Fontes:
Utilize diferentes fontes de informação para enriquecer sua análise.
- Pratique: A prática leva à perfeição.
Quanto mais resenhas críticas você fizer, mais fácil será elaborar uma
análise consistente e bem fundamentada.
Estrutura de uma Resenha Crítica
1. Identificação da Obra: Comece identificando a obra que será resenhada. Inclua o título, o autor, a data de publicação, e outras informações relevantes.
2. Resumo: Faça um breve resumo da obra. Este resumo deve ser objetivo, destacando os pontos principais sem entrar em muitos detalhes.
3. Análise Crítica: Aqui, você deve apresentar a sua opinião sobre a obra. O que você achou interessante? O que não gostou? Considere aspectos como a linguagem, a estrutura, o conteúdo e a relevância da obra.
4. Conclusão: Finalize com uma conclusão que sintetize suas impressões e argumentos, podendo indicar para que tipo de público a obra é recomendada.
5. Referências: Se necessário, inclua referências de outras obras ou autores que você mencionou em sua resenha.
Lembrando que a resenha crítica é uma excelente
forma de exercitar o pensamento crítico e a capacidade de argumentação. Então,
não perca tempo e comece já a praticar!
A CULPA É DAS ESTRELAS: FICÇÃO
EMPOLGANTE SOB UM TEMA PESADO
Publicado em 2012, o livro (e depois o filme) A Culpa é
das Estrelas, escrito por John Green, de 43 anos, um vlogger, empresário,
produtor e autor norte-americano de livros para jovens, emocionou crianças,
jovens e adultos. Esse livro de ficção trata sobre Hazel Grace descobre,
enquanto ainda era criança, que possui um tipo de câncer com chances mínimas de
cura. Desde então, sua vida se resume a tratamentos para tentar prolongar seu
tempo de vida.
Aos 17 anos, ela é obrigada pelos pais a frequentar um
grupo de apoio às pessoas com câncer. Neste grupo, Hazel conhece o jovem Augustus
Waters, de 18 anos, por quem se apaixona. Gus descobre que adolescente é
apaixonada pelo livro Uma Aflição Imperial, de Peter van Houten. Ele decide
ajudar Hazel a viajar até Amsterdam, onde o autor do livro vive, para que ela
possa conhecê-lo e conversar com ele sobre o desfecho não narrado do livro. É
em Amsterdam, no entanto, que Hazel descobre que o câncer de Gus, um
osteossarcoma, havia voltado com tudo e estava tomando conta de seu corpo. O
casal precisa, então, aprender a lidar com o fato de que os dois se amam,
apesar de estarem doentes.
Por já
saber demais da trama, imaginei que não me surpreenderia ao decorrer da
narrativa do livro, o que, é claro, foi um grave engano. O fato é que, quando
paramos para pensar no tema central do desenvolvimento da história, o câncer,
inconscientemente pré-estabelecemos quais serão os tópicos essenciais da
narrativa, é quase impossível não imaginar a comoção constante, as perdas
descritas, as dores e emoções vivenciadas e a previsível romantização da
doença.
Adoro livros assim, que tornam belos até mesmo os
momentos mais difíceis e incompreensíveis da vida, contudo, foi gratificante
saber que John Green não seguiu por esse caminho, que além de toda a poesia
natural existente entre os extremos da vida e da morte, ele mostrou a escuridão
e a dor iminente presente no câncer, mas sem deixar de lado a juventude e o bom
humor dos personagens, e claro, surpreendeu-me completamente com isso.
A
emoção vivida por esses jovens, seus medos, dores, perdas, superações é incrível,
e o romance então é completamente envolvente, mas o que torna o livro
categoricamente único é a forma como isso tudo é apresentado, as palavras são
mensuráveis, as emoções palpáveis, e o drama absolutamente concreto, ou seja,
não temos nada de “efeitos cinematográficos”.
Enfim, eu recomendo com toda prontidão a leitura deste
livro para jovens, estudantes, adultos e idosos, ou seja, todo o público em
geral, porque o que mais encanta na história é a identificação que eu acho que
a maioria das pessoas podem sentir. O câncer não é o foco, é um obstáculo que a
Hazel e o Gus têm que enfrentar para ficarem juntos pelo tempo que puderem.
Sinto que o câncer era, sim, um modo de o autor falar sobre o sofrimento de ter
que passar por isso e estar em volta de pessoas passando por isso, mas que não
poderia ser entendido como aquilo que acabaria com qualquer amor – no caso, o
primeiro amor.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
GREEN, John. A culpa é das
estrelas. 1. ed. São Paulo: Intrínseca, 2012
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