Leia o texto abaixo:
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo. Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso
cliente? Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei
que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar
com calma. |
1. Na representação
escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se
que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido
a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade
b) à iniciativa do
cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c) ao fato de ambos
terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d) à intimidade
forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo
e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
Leia o texto:
Brincou de Amor
Você quem brincou de amor, me deixou de lado
Agora desiludido, o que é que eu faço?
Te amar tanto foi o meu erro, foi o meu fracasso
Tô cansado de mentiras com seu amor falsificado
Pensei que era um sonho, mas era real
Você se desculpando...
Me falou coisas sem sentido, nada tão normal
E eu acreditando...
Nas promessas de amor você me falou que me amava tanto
Mas foi se afastando [...]
(Iguinho e Lulinha)
2. A letra da canção
manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que
singulariza uma forma característica do falar popular regional é:
a) Você quem brincou de amor
b) Tô cansado de mentiras com seu amor falsificado
c) Pensei que era um sonho, mas era real
d) Agora desiludido, o que é que eu faço?
e) E eu acreditando...
3. O uso da norma-padrão no cartaz acima é justificado por
a) ser um gênero típico da oralidade.
b) tratar-se de uma situação informal de comunicação.
c) ser importante prezar pela clareza e objetividade do texto.
d) ser um texto direcionado a um público específico.
e) ser uma temática referente aos direitos dos animais.
4. São várias as
diferenças linguísticas das diversas regiões e das diferentes camadas sociais
do Brasil. Todas, porém, fazem parte de nossa realidade e são compreensíveis
por seus falantes. Como exemplo disso, podem-se verificar as variantes
linguísticas para as palavras “biscoito” e “bolacha”.
Considerando essas informações acerca das variações linguísticas da língua
portuguesa, assinale a ÚNICA opção CORRETA.
a) as palavras “biscoito” e “bolacha” são variantes do português influenciadas pelo fator regional, ou seja, o lugar onde vive o falante determina a sua escolha.
b) é correta apenas a forma “biscoito”,
uma vez que é a palavra mais bem aceita na língua culta.
c) o uso da palavra “bolacha” não é
correto, pois faz parte da língua coloquial do nordeste do país.
d) quando um falante usa o termo
“bolacha”, em vez de biscoito,
demonstra pertencer a uma classe social baixa.
e) os brasileiros falam o português
mais corretamente na região sul, sendo que lá usa-se a palavra “biscoito”.
5. A gíria teve sua origem na maneira de falar de grupos
marginalizados que não queriam ser entendidos por quem não pertencesse ao
grupo. Hoje, entende-se a gíria como uma linguagem específica de grupos
específicos, como os jovens. A partir disso, sobre o print acima, é correto
afirmar:
a) A mãe do sujeito faz parte do universo linguístico do filho.
b)
Os
dois falantes no texto dominam completamente o código da linguagem.
c) A
mistura da linguagem digital de redes sociais e as gírias estão inadequadas
nesse contexto de comunicação.
d)
As
gírias presentes na mensagem ainda são aceitas pela norma culta da língua, mas
as abreviações devem ser evitadas.
e)
Os
internetês e as gírias do filho são variantes do português coloquial do Brasil
e são consideradas adequadas, neste contexto de comunicação.
[...]
Um conto se pá, dá pra catar
Ir para a quebrada e gastar, antes do galo cantar
Um triplex para a coroa é o que malandro quer
Não só desfilar de Nike no pé
Ô, vem com a minha cara e o din-din do seu pai
Mas no rolê com nós, cê não vai
Nós aqui, vocês lá, cada um no seu lugar
Entendeu, se a vida é assim, tem culpa eu? [...]
(Racionais MC’s - Da Ponte Pra Cá)
6.
Analise as proposições
com relação à música dos Racionais MC’s e responda corretamente:
( ) Esse modo de expressar-se é totalmente inaceitável em qualquer situação, trata-se de uma linguagem marginalizada.
( ) Apesar dos desvios da gramática e ortografia vigentes, a
letra cumpre sua função comunicativa.
( ) Expressões tais
como “com nós”, “pra”, “cê” ferem as regras da gramática normativa.
( ) A música de rap tem grande aceitação, principalmente, na
região do compositor, e suas escolhas linguísticas representam a identidade de
uma parcela da população.
A sequência correta é:
a) FVFF
b) FVVF
c) FFFV
d) FVVV
e) VFFF
7. O índio, em alguns romances e poemas do Romantismo Brasileiro é:
a) retratado com objetividade, numa perspectiva rigorosa e científica.
b) idealizado sobre o pano de fundo
da natureza, da qual é o herói épico.
c) pretexto episódico para descrição
da natureza.
d) visto com o desprezo do branco
preconceituoso, que o considera inferior.
e) representado como um primitivo
feroz e de maus instintos.
Leito de folhas verdes
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm
perfumes no correr da brisa,
A cujo
influxo mágico respira-se
Um
quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor
que desabrocha ao romper d’alva
Um só
giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou
aquela flor que espero ainda
Doce raio
do sol que me dê vida.
DIAS,
G. Antologia poética. Rio de Janeiro: Agir, 1979 (fragmento).
8. Na perspectiva do Romantismo, a
representação feminina espelha concepções expressas no poema pela
a) reprodução de estereótipos sociais e de gênero.
b) presença de traços marcadores de
nacionalidade.
c) mudança do desejo por meio da
espiritualização.
d) correlação feita entre estados
emocionais e natureza.
e) mudança da forma de pensar
relacionada à sensibilidade.
Quem não se
recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da corte como brilhante
meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira seu
fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não
a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande
novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo
saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os
noveleiros. Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva,
D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. Mas essa parenta
não passava de mãe de encomenda, para condescender com os escrúpulos da
sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda certa
emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a
moça não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e
dirigir suas ações como entendesse. Constava também que Aurélia tinha um tutor;
mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila, não devia
exercer maior influência em sua vontade, do que a velha parenta.
ALENCAR,
J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006.
9. O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado em 1875. No fragmento transcrito, a presença de D. Firmina Mascarenhas como "parenta" de Aurélia Camargo assimila práticas e convenções sociais inseridas no contexto do Romantismo, pois
a) o trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher ao retratar a
condição feminina na sociedade brasileira da época.
b) o trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos sociais no enredo de
seu romance.
c) as características da sociedade em que Aurélia vivia são remodeladas na
imaginação do narrador romântico.
d) o narrador evidencia a importância de Aurélia apresentar uma “mãe” para
ser aceita na sociedade da época.
e) o narrador incorporou em sua ficção hábitos muito avançados para a
sociedade daquele período histórico.
“Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus
o alento desfalece,
Surda agonia o
coração fenece,
E devora meu
ser mortal desgosto!
Do leito
embalde no macio encosto
Tento o sono
reter!… já esmorece
O corpo exausto
que o repouso esquece…
Eis o estado em
que a mágoa me tem posto!
O adeus, o teu
adeus, minha saudade,
Fazem que
insano do viver me prive
E tenha os
olhos meus na escuridade.
Dá-me a
esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante
os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!”
(AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000)
10. O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração
romântica, porém configura um sentimentalismo que o projeta para além desse
momento específico. O fundamento desse sentimentalismo é:
a) a angústia
alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte.
b) a melancolia
que frustra a possibilidade de reação diante da perda.
c) o
descontrole das emoções provocado pela auto piedade.
d) o gosto pela
escuridão como solução para o sofrimento.
e) o desejo de
morrer como alívio para a desilusão amorosa.
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