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Remígio-PB, Paraíba, Brazil
Mestre em Letras pela UEPB e professor de Língua Portuguesa do ensino médio em escola de tempo INTEGRAL. Meu interesse com esse espaço é poder divulgar e compartilhar com todas e todos minhas atividades escolares e questões objetivas de português para estudos voltados para concursos públicos e o ENEM.

sábado, 13 de abril de 2019

SIMULADO 2019 PARA O 3º ANO DO ENSINO MÉDIO


Leia o TEXTO 1 a seguir para responder as questões de 1 a 5:


[...] Noventa e cinco casinhas comportou a imensa estalagem.
Prontas, João Romão mandou levantar na frente, nas vinte braças que separavam a venda do sobrado do Miranda, um grosso muro de dez palmos de altura, coroado de cacos de vidro e fundos de garrafa, e com um grande portão no centro, onde se dependurou uma lanterna de vidraças vermelhas, por cima de uma tabuleta amarela, em que se lia o seguinte, escrito a tinta encarnada e sem ortografia: “Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e tinas para lavadeiras”.
As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar.
Graças à abundância da água que lá havia, como em nenhuma outra parte, e graças ao muito espaço de que se dispunha no cortiço para estender a roupa, a concorrência às tinas não se fez esperar; acudiram lavadeiras de todos os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de bem longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los.
E aquilo se foi constituindo numa grande lavandaria, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.
E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco. [...]

(Disponível em: https://www.livros-digitais.com)

1.    É CORRETO afirmar que o texto 1 acima tem a finalidade de:

a)    Estabelecer uma crítica avaliativa sobre um comércio local.
b)    Descrever um ambiente de moradia para inúmeras pessoas simples.
c)    Apresentar o preço de imóveis para aluguel.
d)    Narrar o dia a dia de mulheres lavandeiras.

2.    A partir de seus conhecimentos de mundo e  estudantil, o texto 1 é um trecho de uma obra literária intitulada:

a)    Dom Casmurro, de Machado de Assis.
b)    O mulato, de Aloisio Azevedo.
c)    O Cortiço, de Aloisio Azevedo.
d)    Bom Crioulo, de Adolfo Caminha.

3.    Segundo o texto 1,

E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.

A quem ou ao que o narrador está se referindo nesse trecho acima:

a)    A um formigueiro.
b)    A uma invasão de abelhas.
c)    A uma corja de vagabundos.
d)    às pessoas moradoras daquele ambiente.   
4.    No trecho:

E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.

Pelo contexto, a palavra em destaque nesse trecho SIGNIFICA:

a)    Varal
b)    Parede
c)    Pedra
d)    Uma espécie de ave

5.    O texto 1 faz parte de uma corrente literária chamada Realismo-Naturalismo. Porém esse romance é mais específico do Naturalismo. Dentre as características abaixo, assinale a que mais identifica os romances Realistas/Naturalistas:

a)    Exaltação do amor
b)    O homem como produto do meio em que vive
c)    Idealização da mulher
d)    A morte como fuga do sofrimento

Observe o TEXTO 2 abaixo para responder as questões 6 e 7:


6.    O que causa o humor do texto é:

a)    O fato do motorista não saber usar a marcha ré.
b)    O rapaz seguir ao “pé da letra” o pedido do motorista.
c)    O motorista não ter entendido o gesto com a mão que o rapaz fez.
d)    O fato de o acidente ter ocorrido ás 10:45.

7.    Levando-se em consideração os elementos da comunicação no texto 2, a única alternativa CORRETA é:

a)    O gesto que o rapaz faz com a mão no 1º quadrinho é um código, significando que ele aceitou ajudar o motorista.
b)    No 1º quadrinho, o motorista exerce o papel de receptor e o rapaz de emissor.
c)    O canal usado na comunicação entre eles é a gesticulação.
d)    O referente dessa tirinha como um todo é a hora da batida “10:45”. 

8.    Leia o trecho da música de Racionais Mc’s:

Fé em Deus que ele é justo
Ei, irmão, nunca se esqueça, na guarda, guerreiro
Levanta a cabeça, truta,
onde estiver seja lá como for
Tenha fé porque até no lixão nasce flor  [...]

(Disponível em: https://www.letras.mus.br)

A função da linguagem predominante no trecho de música acima é a:

a)    Emotiva, porque o sujeito fala sobre si.
b)    Fática, pois o sujeito está num diálogo.
c)    Metalinguística, já que há uma explicação.
d)    Apelativa, porque o sujeito tenta interferir na vontade do outro.

Leia o texto para as questões 9 e 10.

CATAR FEIJÃO

Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.

(João Cabral de Melo Neto)

9.    A comparação escolhida por João Cabral de Melo Neto para caracterizar o ato de escrever explica que:

a)    Escrever é um ato fácil e rápido.
b)    Escrever é uma capacidade para poucos.
c)    Escrever exige técnica, cuidado, tempo e escolha.
d)    Escrever é uma arte que já vem pronta em todo sujeito.

10. A função da linguagem predominante nesse poema é a:

a)    Metalinguística
b)    Poética
c)    Referencial
d)    Expressiva

 GABARITO

1. B
2. C
3. D
4. A
5. B
6. B
7. A
8. D
9. C
10. A  
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