1. (ENEM 2018)
“A Declaração Universal dos Direitos Humanos está completando 70 anos em
tempos de desafios crescentes, quando o ódio, a discriminação e a violência
permanecem vivos”, disse a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Audrey Azoulay.
“Ao final da Segunda Guerra Mundial, a humanidade inteira resolveu
promover a dignidade humana em todos os lugares e para sempre. Nesse espírito,
as Nações Unidas adotaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos como um
padrão comum de conquistas para todos os povos e todas as nações”, disse
Audrey.
“Centenas de milhões de mulheres e homens são destituídos e privados de
condições básicas de subsistência e de oportunidades. Movimentos populacionais
forçados geram violações aos direitos em uma escala sem precedentes. A Agenda
2030 para o Desenvolvimento Sustentável promete não deixar ninguém para trás –
e os direitos humanos devem ser o alicerce para todo o progresso.”
Segundo ela, esse processo precisa começar o quanto antes nas carteiras das escolas. Diante disso, a Unesco lidera a educação em direitos humanos para assegurar que todas as meninas e meninos saibam seus direitos e os direitos dos outros.
Defendendo a ideia de que “os direitos humanos devem ser o alicerce para todo o progresso”, a diretora-geral da Unesco aponta, como estratégia para atingir esse fim, a
b)
extinção da intolerância entre os indivíduos.
c)
discussão desse tema desde a educação básica.
d)
conquista de direitos para todos os povos e
nações.
e) promoção da dignidade humana em todos os lugares.
2. (ENEM 2014)
Maria da Penha
Você não vai
ter sossego na vida, seu moço
Se me der um
tapa
Da dona “Maria
da Penha”
Você não
escapa
O bicho pegou,
não tem mais a banca
De dar cesta
básica, amor
Vacilou, tá na
tranca
Respeito,
afinal, é bom e eu gosto
[…]
Não vem que eu
não sou
Mulher de
ficar escutando esculacho
Aqui o buraco
é mais embaixo
A nossa paixão
já foi tarde
[…]
Se quer um
conselho, não venha
Com essa
arrogância ferrenha
Vai dar com a
cara
Bem na mão da “Maria da Penha”
ALCIONE. De tudo o que eu gosto. Rio de Janeiro: Indie; Warner, 2007.
A letra da canção faz referência a uma iniciativa destinada a combater um tipo de desrespeito e exclusão social associado, principalmente, à(s)
a)
mudanças decorrentes da entrada da mulher no
mercado de trabalho.
b)
formas de ameaça doméstica que se restringem
à violência física.
c)
relações de gênero socialmente construídas ao
longo da história.
d)
violência doméstica contra a mulher
relacionada à pobreza.
e)
ingestão excessiva de álcool pelos homens.
3. (ENEM 2019)
As informações presentes na campanha contra o bullying evidenciam a intenção de
a)
destacar as diferentes ofensas que ocorrem no
ambiente escolar.
b)
elencar os malefícios causados pelo bullying
na vida de uma criança.
c)
provocar uma reflexão sobre a violência física
que acontece nas escolas.
d)
denunciar a pouca atenção dada a crianças que
sofrem bullying nas escolas.
e)
alertar sobre a relação existente entre o
bullying e determinadas brincadeiras.
4. Leia o poema abaixo:
O BICHO
Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa;
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manuel Bandeira. Rio, 27 de dezembro de 1947.)
Sobre a
principal mensagem do poema acima é CORRETO afirmar que:
a)
o autor retratou a cena que humilha a
condição humana.
b)
o autor procurou comparar o homem com cães e
gatos.
c)
o homem já não vive mais nesse ambiente de
miséria.
d)
é falsa a notícia de que a humanidade passa
fome.
e)
o poema procurou chamar a nossa atenção para
animais do lixo.
5. (ENEM 2017)
Fim
de semana no parque
Olha
o meu povo nas favelas e vai perceber
Daqui
eu vejo uma caranga do ano
Toda
equipada e o tiozinho guiando
Com
seus filhos ao lado estão indo ao parque
Eufóricos
brinquedos eletrônicos
Automaticamente
eu imagino
A
molecada lá da área como é que tá
Provavelmente
correndo pra lá e pra cá
Jogando
bola descalços nas ruas de terra
É,
brincam do jeito que dá
[…]
Olha
só aquele clube, que da hora
Olha
aquela quadra, olha aquele campo, olha
Olha
quanta gente
Tem
sorveteria, cinema, piscina quente
[…]
Aqui
não vejo nenhum clube poliesportivo
Pra
molecada frequentar nenhum incentivo
O
investimento no lazer é muito escasso
O
centro comunitário é um fracasso
(RACIONAIS MCs. Racionais MCs. São Paulo: Zimbabwue, 1994 (fragmento))
A letra da canção apresenta uma realidade social quanto à distribuição distinta dos espaços de lazer que
a) retrata
a ausência de opções de lazer para a população de baixa renda, por falta de
espaço adequado.
b)
ressalta
a irrelevância das opções de lazer para diferentes classes sociais, que o
acessam à sua maneira.
c) expressa o desinteresse das classes sociais menos favorecidas economicamente pelas atividades de lazer.
d) implica
condições desiguais de acesso ao lazer, pela falta de infraestrutura e
investimentos em equipamentos.
e) aponta
para o predomínio do lazer contemplativo, nas classes favorecidas
economicamente; e do prático, nas menos favorecidas.
6. Leia os dois textos para responder a questão:
Texto 1:
“Pecado nefando” era expressão correntemente utilizada pelos inquisidores
para a sodomia. Nefandus: o que não pode ser dito. A Assembleia de clérigos
reunida em Salvador, em 1707, considerou a sodomia “tão péssimo e horrendo
crime”, tao contrário à lei da natureza, que “era indigno de ser nomeado” e,
por isso mesmo, nefando.
NOVAIS, F.; MELLO E SOUZA L. História da vida privada no Brasil. V. 1. São Paulo: Companhia das Letras. 1997 (adaptado).
Texto 2:
“O número de homossexuais assassinados no Brasil bateu o recorde
histórico em 2009. De acordo com o Relatório Anual de Assassinato de
Homossexuais (LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis), nesse ano foram
registrados 195 mortos por motivação homofóbica no País.”
Disponível em: www.alemdanoticia.com.br/utimas_noticias.php?codnoticia=3871. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
A homofobia é a rejeição e menosprezo à orientação sexual do outro e,
muitas vezes, expressa-se sob a forma de comportamentos violentos. Os textos
indicam que as condenações públicas, perseguições e assassinatos de
homossexuais no país estão associadas
a) à baixa
representatividade política de grupos organizados que defendem os direitos de
cidadania dos homossexuais.
b) à falência da
democracia no país, que torna impeditiva a divulgação de estatísticas
relacionadas à violência contra homossexuais.
c) à Constituição de
1988, que exclui do tecido social os homossexuais, além de impedi-los de
exercer seus direitos políticos.
d) a um passado
histórico marcado pela demonização do corpo e por formas recorrentes de tabus e
intolerância.
e) a uma política
eugênica desenvolvida pelo Estado, justificada a partir dos posicionamentos de
correntes filosófico-científicas.
7. (ENEM 2018)
Quebranto
às vezes sou o policial que me suspeito
me peço documentos
e mesmo de posse deles
me prendo e me dou porrada
às vezes sou o porteiro
não me deixando entrar em mim mesmo
a não ser
pela porta de serviço
[…]
às vezes faço questão de não me ver
e entupido com a visão deles
sinto-me a miséria concebida como um eterno
começo
fecho-me o cerco
sendo o gesto que me nego
a pinga que me bebo e me embebedo
o dedo que me aponto
e denuncio
o ponto em que me entrego.
às vezes!…
(CUTI. Negroesia. Belo Horizonte: Mazza, 2007 (fragmento)).
Na literatura de temática negra produzida no Brasil, é recorrente a presença de elementos que traduzem experiências históricas de preconceito e violência. No poema, essa vivência revela que o eu lírico
a)
incorpora
seletivamente o discurso do seu opressor.
b)
submete-se
à discriminação como meio de fortalecimento.
c)
engaja-se
na denúncia do passado de opressão e injustiças.
d)
sofre
uma perda de identidade e de noção de pertencimento.
e)
acredita
esporadicamente na utopia de uma sociedade igualitária.
8. (ENEM 2018)
Nesse texto, busca-se convencer o leitor a mudar seu comportamento por meio da associação de verbos no modo imperativo à
a)
indicação
de diversos canais de atendimento.
b)
divulgação
do Centro de Defesa da Mulher.
c)
informação
sobre a duração da campanha.
d)
apresentação
dos diversos apoiadores.
e) utilização da imagem das três mulheres.
GABARITO OFICIAL
1. C
2. C
3. E
4. A
5. D
6. D
7. A
8. E
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