AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS PARA O 3º ANO (ENSINO MÉDIO) SEMÂNTICA E 1ª FASE DO MODERNISMO NO BRASIL

TEXTO 1:

TEXTO 2:

1.       A partir da leitura dos textos 1 e 2 acima, podemos concluir que: 

 I.  A relação “cursinho x cursão” refere-se semanticamente ao tamanho físico e temporal de ambos os cursos.

II. Além da ideia de diminuição, o uso do sufixo “inho” assume tom pejorativo, sugerindo que “cursinho” do texto 2 é um curso fraco em relação ao “cursão”.

 III. O aumentativo em “cursão” traduz uma estratégia persuasiva de marketing sugerindo que curso Santa Rita é organizado e eficiente.

Constata-se que pode (m) está correta (s): 

a)Todas

b)Nenhuma 

c)Apenas a I  

d)Apenas a II

e)Somente a III

2. Observe a imagem acima atentando-se aos sentidos palavra “casa” no texto. Nesse sentido, há um jogo semântico que é proporcionado por:

a) uma polissemia ocasionada pela palavra “casa” que, de acordo com o contexto, assume dois sentidos distintos.

b) uma sinonímia perfeita entre as duas ocorrências da forma expressiva “casa”.

c)  uma repetição de duas palavras com igual acepção.

d) uma homonímia perfeita ocasionada pela semelhança fônica e gráfica entre o verbo “casa” e o substantivo “casa”.

e) uma homonímia homófona, já que nos dois casos há apenas a semelhança fônica.

3. A partir da leitura do texto abaixo, podemos concluir que:

a)       Há o pressuposto de que os políticos têm controle sobre a dívida pública do Brasil.

b)      Fica subentendido que é obrigação do povo controlar a dívida pública do país.

c)       Há o pressuposto de que todo político é ladrão.

d)      Há o subentendido sugerindo que o povo é responsável pela dívida pública.

e)       A charge insinua que os políticos usam o dinheiro público de forma indevida.

4.       O efeito de humor nos quadrinhos é produzido a partir do

a)       emprego do advérbio "aí".

b)      valor denotativo da palavra carro.

c)       valor polissêmico do verbo "andar".

d)      duplo sentido da expressão "carro de garagem".

e)       uso do ponto de exclamação na expressão "Não anda!".

5. Dadas as afirmativas abaixo, considerando a imagem acima, verifica-se que está(ão) correta(s) apenas:

I- A imagem apresenta uma ambiguidade devido ao emprego de vocábulos homônimos perfeitos.

II. A ambiguidade obtida, na imagem, é devido ao emprego de vocábulos com a mesma classe gramatical e que se relacionam em termos de ideia.

III. Há, no contexto, uma semelhança sonora entre o substantivo e o verbo quando se faz a leitura do substantivo como verbo.

IV. O uso de palavras parônimas torna o contexto ambíguo.

a)       II, III e IV.

b)      I, III e IV.

c)       II e IV.

d)      I  apenas.

e)       II apenas

NAMORADOS

O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:

-Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com sua cara.

A moça olhou de lado e esperou.

-Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta listrada?

A moça se lembrava: 

-A gente fica olhando...

A meninice brincou de novo nos olhos dela.

O rapaz prosseguiu com muita doçura:

-Antônia, você parece uma lagarta listrada.

A moça arregalou os olhos, fez exclamações.

O rapaz concluiu:

-Antônia, você é engraçada! Você parece louca.

(Manuel Bandeira)

6. No poema de Bandeira, importante representante da poesia modernista, destaca-se como característica da escola literária dessa época

a)       a reiteração de palavras como recurso de construção de rimas ricas.

b)      a utilização expressiva da linguagem falada em situações do cotidiano.

c)       a criativa simetria de versos para reproduzir o ritmo do tema abordado.

d)      a escolha do tema do amor romântico, caracterizador do estilo literário dessa época.

e)       o recurso ao diálogo, gênero discursivo típico do Realismo.

7.   Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é

a)     problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta por Oswald de Andrade.

b)  abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à brasilidade.

c)     verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas.

d)     lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).

e)    exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas.

8.  Sobre o poema de Oswald de Andrade, julgue as seguintes proposições:

Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados.

(Oswald de Andrade)

I. O poema de Oswald de Andrade volta-se contra o preconceito linguístico e nos chama a atenção para a necessidade de uma espécie de ética linguística pautada na diferença entre as línguas.

II. O poema critica a maneira de falar do povo brasileiro, sobretudo das classes incultas que desconhecem o nível formal da língua.

III. Para ele, os falantes que dizem “mio”, “mió”, “pió”, “teia”, “teiado”, de certa forma, constroem um “telhado”, ou seja, criam novas variantes de pronúncia. 

IV. A palavra “vício”, encontrada no título do poema, denota certo preconceito linguístico do autor, que julga a norma culta superior ao coloquialismo presente na fala das pessoas menos esclarecidas.

a) Todas estão corretas.

b) I e III estão corretas.

c) I, III e IV estão corretas.

d) II e III estão corretas.

e) I e II

 

9.       Assinale a alternativa que contenha APENAS características do modernismo brasileiro:

a) Liberdade linguística e temática. Busca pela inovação. 

b) Linguagem extremamente formal.

c) Preferência por um único tema: nacionalismo.

d) Não há liberdade de expressão.

e) Valorização da perfeição nos temas e nas formas textuais.

O BICHO

 

Vi ontem um bicho

Na imundice do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa;

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

(Manuel Bandeira. Rio, 27 de dezembro de 1947)

10.   O poema de Bandeira, como se pode notar desde o título, trata sobre:

a) a condição dos animais e seu habitat.

b) a condição do homem: a sua animalização.

c) a relação dos homens com os animais.

d) a humanização dos animais.

e) a situação desumana e social de maus-tratos aos animais.

GABARITO OFICIAL

1.       E

2.       D

3.       E

4.       D

5.       E

6.       B

7.       A

8.       B

9.       A

10.    B

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