Leia
o texto 1 abaixo para responder as questões de 1 a 14:
Celular é o novo cigarro:
como o cérebro reage às notificações de apps e por que elas viciam tanto
Notificações,
curtidas e rolagem
infinita nas redes causam prazer,
mas afetam controle
dos impulsos.
Dependência
digital pode levar a transtornos de esgotamento, como FOMO e Burnout.
Conferir notificações, curtidas e o feed de redes sociais
já são hábitos comuns para quem tem um smartphone
na mão. O simples som de uma notificação pode trazer uma sensação boa, mas, ao
mesmo tempo, afetar o controle dos
nossos impulsos. E, assim como o cigarro ou outros vícios, o uso constante do
celular também pode se tornar uma dependência.
Tudo isso é um processo químico, que ocorre dentro do
nosso cérebro através da dopamina. Estimulado
por comentários e curtidas, o neurotransmissor é liberado, provocando
prazer e satisfação. Só que a dopamina vicia.
Checar o celular o tempo todo, clicar em notificações, ficar rolando
infinitamente as timelines sem buscar algo determinado, pode gerar um looping altamente perigoso para a saúde. “Quanto mais a pessoa
entra em contato
com esses estímulos
que causam recompensas rápidas e imediatas, maior a tendência
de aumentar o comportamento. E aí ela começa a sentir falta
quando não está perto do celular", resume a médica
psiquiatra Julia Khoury,
mestre e doutora em Medicina Molecular pela Universidade Federal
de Minas Gerais
(UFMG).
Julia Khoury, que fez mestrado e doutorado em dependência
digital, afirma que o mundo digital é uma fonte inesgotável de estímulos rápidos,
capaz de nos dar pequenas
doses de alívio
frente à vida real. “As pessoas vão em busca desses estímulos rápidos que geram
prazer para se livrar de sentimentos ruins ou para ter pequenos
prazeres ao longo do dia”, diz a médica psiquiatra. Nós podemos não perceber, mas, ao
recebermos uma mensagem
do "crush" ou um elogio
inesperado em uma foto postada,
um neurotransmissor começa
a correr dentro
do cérebro: é a dopamina.
A dopamina, então, se desloca até a parte central do
cérebro e, ao ser liberada ali, causa imediatamente sensações como prazer e satisfação na pessoa. Mas ela também vai
até a parte da frente do cérebro. Liberada, inibe as funções
dessa região, chamada
de córtex pré-frontal e responsável pelo controle dos impulsos, moderação
do comportamento e tomada de decisões. Com isso, pode causar impulsividade e afetar o controle do uso - nesse caso, uso do celular. O processo é o
mesmo em outros tipos de vícios, como em jogos ou drogas. "O vício em smartphones é causado por causa desse
tipo de recompensa rápida", afirma
a psiquiatra. “Como temos estímulos
rápidos no celular,
o cérebro não treina mais para se concentrar por um tempo maior. E isso diminui
a capacidade de concentração”, diz Julia.
O smartphone é uma máquina caça-níquel, afirma o
psicólogo Cristiano Nabuco. "Na máquina, quando você coloca as fichas, ela te dá pontuação farta no começo. A
partir do momento que você começa a ficar mais
tempo jogando, você começa a perder", compara. "Seu cérebro
também pode criar uma tolerância, e um ciclo
vicioso começa a ser instalado. As notificações têm como objetivo
'adestrar' o usuário de uma maneira que ele possa, no fundo, no fundo, ficar
cada vez mais conectado”, explica
o psicólogo. Um exemplo é a rolagem
infinita: o hábito de pegar o
celular (sem receber nenhuma notificação), abrir um aplicativo e ficar passando
pelo feed com o polegar, de baixo para cima - principalmente
em momentos de ócio e procrastinação.
Enfim, para quem quer tentar sair um pouco da frente das
telas, principalmente nos momentos de lazer,
ou até mesmo fugir da dependência digital,
os especialistas dão algumas dicas: buscar o equilíbrio: quem precisa ficar de olho no celular por conta da
profissão, por exemplo, deve ficar atento não apenas na quantidade do uso, mas também na sua relação com o
aparelho. A vida offline também é boa: atividades ao ar livre, prática de exercícios físicos e de
esportes, ou reunir os amigos no mundo
real, longe do celular, também são aliadas.
Fonte: (Marina Pagno, disponível em: www.g1.com.br, em 13/02/2023)
1. O tema do texto é:
a) O vício em cigarros eletrônicos.
b) Os efeitos da dopamina no cérebro.
c) A falta de concentração das pessoas.
d) O uso constante do celular e os efeitos disso.
e) A importância de uma vida offline.
2. Pode-se inferir do texto que:
a) O vício em celular gera uma sensação de prazer.
b)
Vício em celular
ainda não é considerado um problema.
c)
A dopamina gera apenas efeitos
positivos no cérebro humano.
d)
A procrastinação geralmente não tem relação
com o vício em celular.
e)
Todos os transtornos psíquicos da atualidade são resultados da tecnologia.
3. O texto revela uma opinião no trecho:
a) “Estimulado por comentários e curtidas, o neurotransmissor
é liberado, provocando prazer e satisfação”.
b) “A
dopamina, então, se desloca até a parte central do cérebro e, ao ser liberada ali, causa imediatamente sensações como prazer e satisfação na pessoa.”
c) “A vida offline
também é boa: atividades ao ar livre,
prática de exercícios físicos e de esportes,
ou reunir os amigos no mundo real, longe do celular, também são
aliadas.”
d) “Tudo isso é um processo químico, que ocorre dentro do nosso cérebro através da dopamina.”
e) “Seu cérebro também pode criar uma tolerância, e um ciclo vicioso começa a ser instalado.”
4. Esse texto foi escrito com o objetivo de:
a) Narrar um fato científico.
b) Descrever o vício contemporâneo das pessoas.
c) Argumentar em defesa de uma vida offline.
d)
Conscientizar os usuários
acerca da dependência digital.
e)
Apresentar explicações científicas sobre o uso excessivo de celular e de mídias digitais.
5. No texto, duas pessoas posicionam-se em relação aos efeitos da dependência digital: a médica psiquiatra Julia Khoury e o psicólogo Cristiano Nabuco. Depreende-se do texto que:
a) A opinião da médica psiquiatra é discordante da do psicólogo.
b) Cristiano Nabunco critica a visão da médica psiquiatra.
c) O discurso do psicólogo complementa a opinião de Julia Khoury.
d) O discurso do psicólogo contraria a opinião de Julia Khoury.
e) A opinião da médica psiquiatra refuta a explicação do psicólogo.
6. No trecho: "
a)
Houve um desvio à norma culta da
língua por uma expressão típica da
oralidade: “E aí...”.
b)
Está integralmente dentro das regras que regem a norma
culta da língua.
c) A recorrência excessiva de termos
técnicos da área neurológica dificulta o entendimento da passagem.
d)
Desvios ortográficos descredibilizam as informações do texto.
e)
o
rebuscamento exagerado da linguagem, prejudica
a naturalidade e clareza do texto.
7. No trecho: “abrir um aplicativo e ficar passando pelo feed com o polegar, de baixo para cima - principalmente em momentos de ócio e procrastinação”. A expressão “em momentos de ócio”, tem o sentido de:
a) agonia
b)
repouso
c)
pressa
d)
pressão
e)
trabalho
8. No trecho do 4º parágrafo: “Mas ela também vai até a parte da frente do cérebro”, a expressão em destaque refere-se a:
a) a parte central
do cérebro
b)
a dopamina
c)
sensações
d)
pessoa
e) região
9. Na passagem: “As pessoas vão em busca desses estímulos rápidos que geram prazer para se livrar de sentimentos ruins”. A palavra sublinhada pode ser substituída, sem alterar o sentido do trecho, por:
a) os quais
b) onde
c) em que
d) nos quais
e) cujos
10. No trecho:
"Seu cérebro também
pode criar uma tolerância, e um ciclo vicioso começa a ser instalado. As notificações têm como objetivo
'adestrar' o usuário de uma
maneira que ele possa, no fundo, no
fundo, ficar cada vez mais conectado”,
explica o psicólogo.
As aspas simples empregadas na palavra ‘adestrar’ foram usadas para dar a ela um sentido
a) metafórico
b) irônico
c) crítico
d) coloquial
e) técnico
11. Em: “deve ficar atento não apenas na quantidade do uso, mas também na sua relação com o aparelho.” O conectivo em destaque transmite o sentido de:
a) adição
b) contrariedade
c) conclusão
d) explicação
e) condição
12. Um argumento do
texto que comprova a tese de que “o uso constante do celular também pode se tornar
uma dependência” é:
a) “Seu cérebro também pode criar uma tolerância.”
b)
“Tudo isso é um processo
químico, que ocorre
dentro do nosso cérebro através da dopamina.”
c)
“reunir os amigos no mundo real, longe do celular”.
d)
“A vida offline
também é boa.”
e) “A partir do momento que você começa a ficar mais tempo jogando, você começa a perder”.
13. O tema do texto 2 é:
a) A indiferença diante dos brinquedos tradicionais.
b) Saudosismo frente
aos brinquedos tradicionais.
c) A dependência das crianças pelo celular.
d) O vício
em tirar fotos.
e) A preferências das crianças pelas redes sociais.
14. O texto 1 e o texto 2 assemelham-se, essencialmente, quanto:
a) à temática.
b) ao gênero
textual.
c) ao tipo textual.
d) ao estilo linguístico
e) à linguagem
15. A palavra “click” repetidas vezes presentes no texto 2, representa uma figura de som denominada de:
a) aliteração
b) assonância
c)
paronomásia
d) onomatopeia
e) cacofonia
“A empatia é uma das únicas capacidades que nos salva de generalizarmos nossas verdades pessoais em detrimento da realidade que é fornecida pelo outro.” (Josie Conti)
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