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Remígio-PB, Paraíba, Brazil
Mestre em Letras pela UEPB e professor de Língua Portuguesa do ensino médio em escola de tempo INTEGRAL. Meu interesse com esse espaço é poder divulgar e compartilhar com todas e todos minhas atividades escolares e questões objetivas de português para estudos voltados para concursos públicos e o ENEM.

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

SIMULADO DE PORTUGUÊS PARA O IDEB 2023 (ENSINO MÉDIO)

Leia o texto 1 abaixo para responder as questões de 1 a 14:

 

Celular é o novo cigarro: como o cérebro reage às notificações de apps e por que elas viciam tanto

Notificações, curtidas e rolagem infinita nas redes causam prazer, mas afetam controle dos impulsos.

Dependência digital pode levar a transtornos de esgotamento, como FOMO e Burnout.

 

Conferir notificações, curtidas e o feed de redes sociais já são hábitos comuns para quem tem um smartphone na mão. O simples som de uma notificação pode trazer uma sensação boa, mas, ao mesmo tempo, afetar o controle dos nossos impulsos. E, assim como o cigarro ou outros vícios, o uso constante do celular também pode se tornar uma dependência.

Tudo isso é um processo químico, que ocorre dentro do nosso cérebro através da dopamina. Estimulado por comentários e curtidas, o neurotransmissor é liberado, provocando prazer e satisfação. Só que a dopamina vicia. Checar o celular o tempo todo, clicar em notificações, ficar rolando infinitamente as timelines sem buscar algo determinado, pode gerar um looping altamente perigoso para a saúde. “Quanto mais a pessoa entra em contato com esses estímulos que causam recompensas rápidas e imediatas, maior a tendência de aumentar o comportamento. E ela começa a sentir falta quando não está perto do celular", resume a médica psiquiatra Julia Khoury, mestre e doutora em Medicina Molecular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Julia Khoury, que fez mestrado e doutorado em dependência digital, afirma que o mundo digital é uma fonte inesgotável de estímulos rápidos, capaz de nos dar pequenas doses de alívio frente à vida real. “As pessoas vão em busca desses estímulos rápidos que geram prazer para se livrar de sentimentos ruins ou para ter pequenos prazeres ao longo do dia”, diz a médica psiquiatra. Nós podemos não perceber, mas, ao recebermos uma mensagem do "crush" ou um elogio inesperado em uma foto postada, um neurotransmissor começa a correr dentro do cérebro: é a dopamina.

A dopamina, então, se desloca até a parte central do cérebro e, ao ser liberada ali, causa imediatamente sensações como prazer e satisfação na pessoa. Mas ela também vai até a parte da frente do cérebro. Liberada, inibe as funções dessa região, chamada de córtex pré-frontal e responsável pelo controle dos impulsos, moderação do comportamento e tomada de decisões. Com isso, pode causar impulsividade e afetar o controle do uso - nesse caso, uso do celular. O processo é o mesmo em outros tipos de vícios, como em jogos ou drogas. "O vício em smartphones é causado por causa desse tipo de recompensa rápida", afirma a psiquiatra. “Como temos estímulos rápidos no celular, o cérebro não treina mais para se concentrar por um tempo maior. E isso diminui a capacidade de concentração”, diz Julia.

O smartphone é uma máquina caça-níquel, afirma o psicólogo Cristiano Nabuco. "Na máquina, quando você coloca as fichas, ela te dá pontuação farta no começo. A partir do momento que você começa a ficar mais tempo jogando, você começa a perder", compara. "Seu cérebro também pode criar uma tolerância, e um ciclo vicioso começa a ser instalado. As notificações têm como objetivo 'adestrar' o usuário de uma maneira que ele possa, no fundo, no fundo, ficar cada vez mais conectado”, explica o psicólogo. Um exemplo é a rolagem infinita: o hábito de pegar o celular (sem receber nenhuma notificação), abrir um aplicativo e ficar passando pelo feed com o polegar, de baixo para cima - principalmente em momentos de ócio e procrastinação.

Enfim, para quem quer tentar sair um pouco da frente das telas, principalmente nos momentos de lazer, ou até mesmo fugir da dependência digital, os especialistas dão algumas dicas: buscar o equilíbrio: quem precisa ficar de olho no celular por conta da profissão, por exemplo, deve ficar atento não apenas na quantidade do uso, mas também na sua relação com o aparelho. A vida offline também é boa: atividades ao ar livre, prática de exercícios físicos e de esportes, ou reunir os amigos no mundo real, longe do celular, também são aliadas.

 

Fonte: (Marina Pagno, disponível em: www.g1.com.br, em 13/02/2023)


1.      O tema do texto é:

a)      O vício em cigarros eletrônicos.

b)      Os efeitos da dopamina no cérebro.

c)      A falta de concentração das pessoas.

d)      O uso constante do celular e os efeitos disso. 

e)      A importância de uma vida offline.

 

2.      Pode-se inferir do texto que:

 a)      O vício em celular gera uma sensação de prazer.

b)      Vício em celular ainda não é considerado um problema.

c)      A dopamina gera apenas efeitos positivos no cérebro humano.

d)      A procrastinação geralmente não tem relação com o vício em celular.

e)      Todos os transtornos psíquicos da atualidade são resultados da tecnologia.

 

3.      O texto revela uma opinião no trecho:

a) “Estimulado por comentários e curtidas, o neurotransmissor é liberado, provocando prazer e satisfação”.

b) “A dopamina, então, se desloca até a parte central do cérebro e, ao ser liberada ali, causa imediatamente sensações como prazer e satisfação na pessoa.”

c)  “A vida offline também é boa: atividades ao ar livre, prática de exercícios físicos e de esportes, ou reunir os amigos no mundo real, longe do celular, também são aliadas.”

d)   “Tudo isso é um processo químico, que ocorre dentro do nosso cérebro através da dopamina.”

e)      “Seu cérebro também pode criar uma tolerância, e um ciclo vicioso começa a ser instalado.”


4.      Esse texto foi escrito com o objetivo de:

a)      Narrar um fato científico. 

b)      Descrever o vício contemporâneo das pessoas.

c)      Argumentar em defesa de uma vida offline.

d)      Conscientizar os usuários acerca da dependência digital.

e)      Apresentar explicações científicas sobre o uso excessivo de celular e de mídias digitais.


5. No texto, duas pessoas posicionam-se em relação aos efeitos da dependência digital: a médica psiquiatra Julia Khoury e o psicólogo Cristiano Nabuco. Depreende-se do texto que:

a)      A opinião da médica psiquiatra é discordante da do psicólogo.

b)      Cristiano Nabunco critica a visão da médica psiquiatra.

c)      O discurso do psicólogo complementa a opinião de Julia Khoury.

d)      O discurso do psicólogo contraria a opinião de Julia Khoury.

e)      A opinião   da   médica   psiquiatra      refuta a explicação do psicólogo.

 

6. No trecho: "Quanto mais a pessoa entra em contato com esses estímulos que causam recompensas rápidas e imediatas, maior a tendência de aumentar o comportamento. E aí ela começa a sentir falta quando não está perto do celular", resume a médica psiquiatra Julia Khoury."    



Sobre o padrão de linguagem usado no trecho,                   percebe-se que:

a)      Houve um desvio à norma culta da língua por uma expressão típica da oralidade: “E aí...”.

b)      Está integralmente dentro das regras que regem a norma culta da língua.

c)  A recorrência excessiva de termos técnicos da área neurológica dificulta o entendimento da passagem.

d)      Desvios ortográficos descredibilizam as informações do texto.

e)      o rebuscamento exagerado da linguagem, prejudica a naturalidade e clareza do texto.

 


7.     No trecho: abrir um aplicativo e ficar passando pelo feed com o polegar, de baixo para cima - principalmente em momentos de ócio e procrastinação”. A expressão “em momentos de ócio”, tem o sentido de:

a)      agonia

b)      repouso

c)      pressa

d)      pressão

e)      trabalho

 

8.      No trecho do 4º parágrafo: “Mas ela também vai até a parte da frente do cérebro”, a expressão em destaque refere-se a:

a)      a parte central do cérebro

b)      a dopamina

c)      sensações

d)      pessoa

e)      região


9. Na passagem: “As pessoas vão em busca desses estímulos rápidos que geram prazer para se livrar de sentimentos ruins”. A palavra sublinhada pode ser substituída, sem alterar o sentido do trecho, por:

a)      os quais

b)      onde

c)      em que

d)      nos quais

e)      cujos

 

10.  No trecho:

"Seu cérebro também pode criar uma tolerância, e um ciclo vicioso começa a ser instalado. As notificações têm como objetivo 'adestrar' o usuário de uma maneira que ele possa, no fundo, no fundo, ficar cada vez mais conectado, explica o psicólogo.

 

As aspas simples empregadas na palavra ‘adestrar’ foram usadas para dar a ela um sentido

a)      metafórico

b)      irônico

c)      crítico

d)      coloquial

e)      técnico

 

11.  Em: deve ficar atento não apenas na quantidade do uso, mas também na sua relação com o aparelho.” O conectivo em destaque transmite o sentido de:

a)      adição

b)      contrariedade

c)      conclusão

d)      explicação

e)      condição

 

12.  Um argumento do texto que comprova a tese de que “o uso constante do celular também pode se tornar uma dependência” é:

 a)      “Seu cérebro também pode criar uma tolerância.”

b)      “Tudo isso é um processo químico, que ocorre dentro do nosso cérebro através da dopamina.”

c)      “reunir os amigos no mundo real, longe do celular”.

d)      “A vida offline também é boa.”

e)      “A partir do momento que você começa a ficar mais tempo jogando, você começa a perder”.


13.  O tema do texto 2 é:

 

a)      A indiferença diante dos brinquedos tradicionais.

b)      Saudosismo frente aos brinquedos tradicionais.

c)      A dependência das crianças pelo celular.

d)      O vício em tirar fotos.

e)      A preferências das crianças pelas redes sociais.


14.  O texto 1 e o texto 2 assemelham-se, essencialmente, quanto:

a)      à temática.

b)      ao gênero textual.

c)      ao tipo textual.

d)      ao estilo linguístico

e)      à linguagem


15.  A palavra “click” repetidas vezes presentes no texto 2, representa uma figura de som denominada de:

a)      aliteração

b)      assonância

c)      paronomásia

d)      onomatopeia

e)      cacofonia

 

A empatia é uma das únicas capacidades que nos salva de generalizarmos nossas verdades pessoais em detrimento da realidade que é fornecida pelo outro.” (Josie Conti) 

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SIMULADO EM PDF


GABARITO OFICIAL 

1. D

2. A

3. C

4. E

5. C

6. A

7. B

8. B

9. A

10. A

11. A 

12. B

13. C

14. A

15. D




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