TEXTO 1 para responder às questões de 1 a 5:
A COMADRE FLORZINHA
Dizem os mais velhos
que, nas noites em que a lua brilha cheia sobre o sertão nordestino, uma figura
misteriosa passeia silenciosa entre as árvores, deixando um forte cheiro de
flores no ar. É a Comadre Florzinha ou “Fulorzinha” no dialeto popular, uma
mulher baixinha, de cabelos longos e negros como a noite, que aparece vestida
de branco, às vezes montada num belo cavalo ou acompanhada de animais
encantados. Dizem que, quando ninguém vê, ela faz tranças na crina dos cavalos dos
sítios — e quando se sente provocada, usa galhos de urtiga para dar uma surra
nos cachorros dos caçadores e também nos homens que desrespeitam a mata.
Mas que ninguém se
engane com a beleza serena da moça — ela é guardiã das matas e protetora dos
animais. Seu olhar brando esconde uma força que faz tremer até os homens mais
valentes. Reza a lenda que a Comadre Florzinha costuma aparecer para castigar
aqueles que a zombam ou que entram nas matas com más intenções.
Foi numa noite de lua
cheia que João da Mata, um vaqueiro conhecido por suas grosserias e valentias,
resolveu caçar no mato mesmo sem permissão. Ignorou os conselhos da mãe e saiu
com seu facão e sua espingarda bate-bucha. Enquanto andava pela trilha, zombava
das histórias da comadre:
— Que Comadre que nada!
Isso é coisa de gente medrosa!
Mal terminara de falar,
ouviu um assovio bem longe e uma brisa gelada passou, e o cheiro de jasmim
invadiu o ar. Os cachorros que o acompanhavam começaram a ganir e voltaram
correndo, como se tivessem apanhado de vara. João sentiu um arrepio na espinha,
mas seguiu em frente, teimoso como era.
De repente, ouviu o
trotar de um cavalo. Quando se virou, viu a moça mais bonita que já vira na
vida. Seu vestido brilhava como a luz da lua, e seus olhos pareciam atravessar
sua alma. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, a moça sacou um maço de
urtiga e deu umas boas cipoadas nas pernas de João, que gritou e caiu de
joelhos no chão, completamente tomado pelo susto e pela ardência.
A dor foi tanta quanto
a vergonha. Ainda ajoelhado, João tentou entender o que estava acontecendo. Foi
então que ouviu a voz firme, porém suave, da Comadre:
— A mata tem dona. E
merece respeito. Aprende isso ou vai se perder para sempre.
Dizem que João voltou para
casa diferente. Nunca mais caçou em mata alheia, nem zombou de mais nenhuma
crendice popular de sua região. Passou a cuidar da terra com mais respeito — e,
sempre que sentia o cheiro de flor no vento, baixava a cabeça e agradecia.
Fonte: (Texto criado para fins pedagógicos)
1. Após a leitura do texto, discorra:
a) Quem é o protagonista da história? Há um antagonista? Justifique.
b) Qual é o espaço predominante onde a narrativa se desenrola?
c) Em que tempo verbal a maior parte da narrativa está escrita?
d) Identifique o conflito principal da narrativa. Como ele é resolvido?
e)
Que
tipo de narrador predomina no texto?
2. Ainda com base no texto 1, explique:
a) O texto “A Comadre Florzinha” pode ser considerado uma lenda? Justifique com base em características do gênero.
b) Qual é a principal mensagem que o texto busca transmitir por meio da personagem Comadre Florzinha?
c) O que indica a presença da Comadre Florzinha na mata, segundo a narrativa?
d) Como o personagem João da Mata é descrito no começo do texto?
e) Que
mudança de comportamento João apresenta após o encontro com a Comadre?
3. Relacione
os ELEMENTOS DO TEXTO NARRATIVO com as informações retiradas do texto 1:
1.
Narrador observador- é aquele que narra a
história.
2.
Enredo - a trama em que se desenrolam as ações.
3.
Personagens - são os sujeitos que compõem a narrativa.
4.
Tempo - uma data ou um momento específico.
5.
Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve.
6.
Clímax - o momento mais emocionante da
narrativa.
7.
Desfecho - o conflito é resolvido.
( ) João da Mata passou a cuidar da terra com
mais respeito — e, sempre que sentia o cheiro de flor no vento, baixava a
cabeça e agradecia.
( ) Dizem os mais velhos / Reza a lenda
( ) Antes que pudesse dizer qualquer coisa, a
moça sacou um maço de urtiga e deu umas boas cipoadas nas pernas de João, que
gritou e caiu de joelhos no chão, completamente tomado pelo susto e pela
ardência.
( ) resolveu caçar no mato mesmo sem permissão
( ) Foi numa noite de lua cheia
( ) João da Mata e a Comadre Florzinha
( ) Segundo a lenda, a Comadre Florzinha
ensinou João da Mata respeitar a natureza e a sua guardiã dando-lhe uma surra
de urtiga.
4. Responda às questões a seguir,
analisando o texto 1:
a) Releia a fala de João da Mata: “— Que Comadre que nada! Isso é coisa de mulher medrosa!” O que essa fala revela sobre o personagem?
b) “— A mata tem dona. E merece respeito. Aprende isso ou vai se perder para sempre.” Transfira essa fala da Comadre Florzinha para o DISCURSO INDIRETO, fazendo as devidas alterações necessárias.
c) Observe o uso dos tempos verbais na narrativa. Qual é o tempo predominante e por quê?
d) Que tipo de discurso (discurso direto, discurso indireto ou discurso indireto livre) há na passagem “Dizem os mais velhos que uma figura misteriosa passeia silenciosa entre as árvores.”?
e) Reescreva
o trecho, substituindo a palavra em destaque por outra que não altere o sentido
original: “João sentiu um arrepio na espinha, mas seguiu em frente, teimoso como era.”.
5. Sobre as características de um texto NARRATIVO, julgue os itens a seguir em V verdadeiros ou F falsos:
( ) O texto narrativo é a base de diversos gêneros literários como romances, contos, novelas, crônicas, fábulas e outros.
( ) Um texto narrativo se caracteriza por contar uma história, com personagens, tempo e espaço, através de uma sequência de eventos.
( ) A voz que narra um texto de tipologia narrativa é denominada de sujeito eu-lírico.
( ) O tempo em um texto narrativo pode ser linear (acontecimentos em ordem cronológica) ou não linear (saltos no tempo, flashbacks).
( ) O enredo dos textos narrativos pode ser
baseado em fatos reais ou fictícios.
TEXTO 2 para responder às
questões de 6 a 12:
Pisque Duas Vezes, (não
recomendado para menores de 18 anos) o longa dirigido por Zoë Kravitz, retrata
quando o magnata da tecnologia Slater King (Channing Tatum) cruza o caminho com
a garçonete Frida (Naomi Ackie) durante sua glamorosa gala de angariação de
fundos, uma faísca instantânea é desencadeada. Convidando-a para compartilhar
das férias de sonho em sua ilha privada com amigos, um paraíso aparentemente
inquestionável se desdobra diante deles. Noites de festa desenfreada se mesclam
com dias ensolarados, e todos imersos na diversão parecem relutantes em
encerrar essa escapada perfeita. No entanto, à medida que o encanto se dissipa
e eventos estranhos começam a surgir, Frida é impulsionada a questionar a
própria realidade. Uma aura de desconforto paira sobre o paraíso aparente, e
ela se vê obrigada a desvendar os segredos ocultos da ilha se deseja sobreviver
ao que se transforma em um pesadelo. É a partir daí que ela precisa entender o
que está acontecendo para tentar sair viva de lá.
6. O texto tem como objetivo principal:
a)
Instruir
o leitor a produzir um filme semelhante.
b)
Convencer
o leitor a evitar o filme.
c)
Relatar
uma experiência pessoal na ilha.
d)
Informar
o leitor sobre o enredo do longa.
e)
Discutir
o comportamento dos personagens.
7. O texto apresentado pertence ao gênero:
a)
Artigo
de opinião
b)
Crônica
c)
Resenha
crítica
d)
Sinopse
cinematográfica
e)
Relato
pessoal
8. Assinale a alternativa que apresenta corretamente os elementos da narrativa presentes no texto:
a)
Dissertação,
introdução, tese e conclusão.
b)
Ação,
explicação, justificativa e tese.
c)
Enredo,
narrador, personagens e clímax.
d)
Introdução,
desenvolvimento e opinião.
e)
Contexto
histórico, argumentos e conclusão.
9. Quem é a personagem principal da narrativa abordada no texto?
a)
Slater
King
b)
Zoë
Kravitz
c)
Naomi
Ackie
d)
Frida
e)
A
ilha
10. O momento em que Frida começa a perceber que há algo estranho na ilha representa:
a)
O
desfecho da história.
b)
O
clímax da narrativa.
c)
A
apresentação das personagens.
d)
O
conflito inicial.
e)
O
ponto de vista do narrador.
11. A expressão em destaque no trecho “uma faísca instantânea é desencadeada” tem o sentido de:
a)
Uma
briga repentina.
b)
Um
início de incêndio.
c)
Um
conflito perigoso.
d)
Um
ataque inesperado.
e)
Uma
atração imediata.
12. O trecho “Frida é impulsionada a questionar a própria realidade” pode ser reescrito, sem alteração de sentido, como:
a)
Frida
decide abandonar seus valores.
b)
Frida
sente-se perdida diante de seus pensamentos.
c)
Frida
é levada a desconfiar do que está vivendo.
d)
Frida
questiona o comportamento dos demais.
e)
Frida
é obrigada a fugir da ilha misteriosa.
13. Assinale a opção que exemplifica o texto narrativo.
a) Do
alto da montanha se veem os prédios coloniais e as igrejas daquela pequena
cidade mineira.
b) As
igrejas são quase todas dos séculos XVII e XVIII e estão surpreendentemente bem
cuidadas.
c) Um
padre passou pela praça central da cidadezinha, entrou numa pequena igreja,
desaparecendo no interior.
d) As
praças são lugares importantes na cidade, algumas delas com árvores
centenárias.
e) O vento passa rápido, os pássaros voam em grande número e as pessoas parecem não notar a beleza do local.
TEXTO 3 para responder às questões 14 e 15:
14.
A história em quadrinhos acima é um exemplo de texto
b) injuntivo.
c) dissertativo.
d) narrativo.
e) descritivo.
15.
O trecho da HQ acima é uma adaptação do Mito da Caverna, a
parábola mais popular de Platão. De acordo com esse trecho, é possível concluir
que o tema apresentado é
b) a ignorância dos seres humanos diante da
veracidade dos fatos.
c) o aproveitamento da vida enquanto ainda se
pode viver e olhar.
d) a amizade e o apreço entre o homem moderno e
o homem antigo.
e) O dilema entre ser e não ser: eis a questão.
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1.
a) Protagonista: João da Mata. Antagonista: Comadre Florzinha – não no sentido de “vilã”, mas como força opositora que provoca a mudança no protagonista, defendendo a mata.
b) Espaço predominante: Mata/sertão nordestino.
c) Tempo verbal predominante é o pretérito perfeito (passado) – narra acontecimentos já ocorridos.
d) João entra na mata para caçar, desrespeitando a natureza e zombando da lenda.
e)
Narrador observador (terceira pessoa).
2.
a) Sim. É uma lenda, pois apresenta narrativa de tradição oral, mistura elementos reais e fantásticos, explica um valor cultural (respeito à natureza) e está ligada à cultura popular nordestina.
b) A mensagem é que a natureza deve ser respeitada, pois possui seus guardiões e quem a desrespeita sofrerá consequências.
c) Sua presença é indicada pelo cheiro forte de flores/jasmim, brisa gelada e às vezes pelo som de um cavalo.
d) João é descrito como vaqueiro grosso, valente, teimoso e descrente das histórias populares.
e)
Passa a respeitar a mata, as lendas e a cuidar da terra com mais
responsabilidade.
3.
7
(desfecho) – João da Mata passou a cuidar da terra com mais respeito — e,
sempre que sentia o cheiro de flor no vento, baixava a cabeça e agradecia.
1
(Narrador) – Dizem os mais velhos / Reza a lenda
6
(Clímax)– Antes que pudesse dizer qualquer coisa, a moça sacou um maço de
urtiga e deu umas boas cipoadas nas pernas de João, que gritou e caiu de
joelhos no chão, completamente tomado pelo susto e pela ardência.
5
(espaço) – resolveu caçar no mato mesmo sem permissão
4
(Tempo) – Foi numa noite de lua cheia
3
(Personagens) – João da Mata e a Comadre Florzinha
2
(enredo) – Segundo a lenda, a Comadre Florzinha ensinou João da Mata a
respeitar a natureza e a sua guardiã dando-lhe uma surra de urtiga.
4.
a) Revela arrogância, descrença e desrespeito às tradições e lendas locais.
b) A Comadre Florzinha disse a João da Mata que a mata tinha dona e merecia respeito, e que ele deveria aprender isso ou se perderia para sempre.
c) Predomina o pretérito, pois está narrando fatos passados
d) Discurso indireto.
e)
“João sentiu um arrepio na espinha, PORÉM seguiu em frente, teimoso como era.”.
5.
(V)
(V)
(F)
(V)
(V)
6. D
7. D
8. C
9. D
10. B
11. E
12. C
13. C
14. D
15. A
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