Vinícius Júnior só queria jogar futebol, mas foi obrigado a dar a entrevista mais importante da história da seleção brasileira nesta segunda-feira (25) diante de um auditório lotado de jornalistas no CT do Real Madrid. O atacante desabou em lágrimas, sendo ovacionado por todos os presentes ao falar de coração aberto sobre as inúmeras ofensas racistas que ouve a cada partida — até nas que não entra em campo — na Espanha. Nas dependências do maior clube do mundo, a sua casa, o brasileiro deu uma aula sobre o que é sofrer com o racismo que deveria ser registrada nos autos da história do futebol mundial. Se emocionou e emocionou a muitos jornalistas que acompanharam a entrevista com lágrimas nos olhos.
— Nunca pensei tanto em sair daqui. Se saio agora, estou dando a todos os racistas o que eles querem. Eu vou seguir lutando, jogando no maior clube do mundo e fazendo gols. E que as pessoas tenham que ver cada vez mais a minha cara. Eu jogo para fazer a alegria da minha gente e das pessoas que vão ao estádio. Os racistas são minoria. Como eu sou um jogador atrevido, que joga no Real Madrid, que ganha muitos títulos, é muito complicado. Vou seguir firme e forte, porque o presidente me apoia, o clube me apoia para que eu possa seguir aqui para ganhar muitas coisas.
— Estou certo de que a Espanha não é um país racista, mas há muitos racistas aqui. Talvez as pessoas aqui não sabem o que é racismo. Eu tenho que ensinar a muitos espanhóis o que é racismo. Todas as palavras que dizem sobre a cor da minha pele podem afetar meu desempenho.
— Eu quero agradecer desde já a todos os jogadores da Espanha que estão dando entrevista e me apoiando. Estão fazendo de tudo para que a Espanha e não só a Espanha mude seu pensamento. Os jogadores da Espanha têm me ajudado muito, mandando mensagens e falando coisas nas entrevistas que antes só eu falava. Eu peço que FIFA, CONMEBOL e UEFA possam fazer mais coisas, como o que a CBF está fazendo. O que eu passo não é nem perto do que eu faço. Eu só quero lutar por todos os que são pretos, pobres, que não podem entrar no mercado. Já se passou muitas vezes comigo, com minha família. Eu só quero que isso mude para que eu não tenha que falar sobre isso nas próximas entrevistas.
— Se a gente começar a punir todas as pessoas que cometem crime e aqui não consideram crime, vamos começar a evoluir. Tudo vai ficar melhor para todos. Eu faço tantas denúncias, tantas vezes seguem cartas para eu assinar e fazer mais denúncias. Acontece o que aconteceu com meu amigo em Barcelona: eles arquivam os processos, e ninguém sabe de nada. Se a gente puder punir, não que eles vão mudar o pensamento, mas vão ficar com medo de falar. E aí, sim, a gente vai diminuir isso e colocar medo nessas pessoas. E que eles possam educar os filhos. Tem muita criança me xingando, e eu não culpo a criança. Eles ainda não entendem isso.
— A cada denúncia, eles cada vez mais me ofendem. As pessoas pensam que eu estou contra a Espanha. Eu não estou contra a Espanha. Estou contra os racistas. Depois de um ano, tive muitas reuniões, muitas conversas com pessoas que querem fazer realmente as pessoas evoluírem. Mas com outras que não querem que nada vá para frente. Eu tenho que tentar assimilar tudo isso, porque grandes federações, pessoas importantes no mundo podem fazer isso comigo. Eu sempre peço ajuda à FIFA, à UEFA, à CONMEBOL, à CBF, as quais são grupos grandes que podem realmente combater isso. A liga está tentando melhorar, mas o sistema não deixa fazer tanta coisa. Eu não posso fazer da Liga, que eles tiveram reuniões comigo, mas como aqui o racismo não é crime, é complicado para eles. Eu sempre agradeço os jogadores que falam sobre. Isso me dá mais força para aqueles que realmente sofrem no dia a dia.
— Vai ser um sonho realizado poder jogar na minha casa, a qual é aqui na Espanha, no Bernabéu. Pela primeira vez, a torcida contra. Mas vai ser um duelo muito importante para as duas equipes. São duas das maiores seleções do mundo. Faz tempo que não se enfrentam. Gostamos de jogar contra as melhores, como fizemos contra a Inglaterra. Fizemos um excelente jogo contra alguns companheiros meus. Estou ansioso para esse duelo. Que o Brasil possa sair vencedor.
1. Após a leitura completa do texto 1, responda:
b) Há poucas pessoas praticando racismo.
c) A maioria da torcida o apoia.
d) O problema do racismo está resolvido.
e) Apenas a La Liga é racista.
b) Destacar palavras importantes.
c) Separar orações subordinadas.
d) Indicar pausa maior que a vírgula.
e) Apresenta usos aleatórios.
b) Indiferença às ofensas recebidas.
c) Resistência e enfrentamento ao racismo.
d) Dúvida em relação à carreira.
e) Tristeza diante dos desafios.
c) Uso técnico e científico.
d) Predomínio de linguagem figurada.
b) Traços de oralidade e espontaneidade.
e) Falas intencionalmente padronizadas.
b) Vira as costas para grupos sociais que sofrem discriminação e exclusão.
c) Reclama da falta de espaço no mercado do futebol europeu.
d)Deseja beneficiar apenas sua família e amigos próximos.
e) Ele amplia sua fala para além de si, incluindo pessoas que sofrem com racismo e desigualdade social.
Eu chego nesse terreiro,
Com respeito e coração,
Pra ouvir num verso ligeiro
Jesus Cristo e Lampião.
Uma prosa diferente,
Pra tocar no coração.
Lampião, meu filho amado,
Que andou pelo sertão,
Diga ao povo desta terra
O que tinha em sua mão:
Era fé, era coragem
Ou só pura perdição?
Meu Senhor, eu lhe confesso,
Minha vida foi de luta,
Entre a bala e a vingança,
A justiça sempre bruta.
Mas no fundo, eu só queria
Dar ao pobre alguma ajuda.
Lampião já respondeu,
Agora passo a Jesus:
Se Lampião fosse encontro
De pecado e de luz,
Que conselho o Senhor dava
Pra lhe guiar nessa cruz?
Eu diria, companheiro,
Que a estrada do perdão
É mais forte que o fuzil,
Mais valente que o facão.
Quem semeia amor na vida
Colhe paz no coração.
Pois se eu tivesse escutado
Essas palavras divinas,
Eu deixava o cangaço,
E as brigas assassinas.
Trocava a bala da espingarda
Pelas bênçãos mais benditas.
E assim termina o cordel,
Nessa santa entrevista,
Jesus mostra o bom caminho,
Lampião se despista.
Na rima ficou provado:
Quem perdoa, é quem conquista.
a) Contar a história do cangaço em forma de narrativa.
b) Fazer perguntas e conduzir o diálogo entre Jesus e Lampião.
c) Dar sua opinião sobre o sertão nordestino.
d) Encerrar a entrevista sem interação com os personagens.
e) Um narrador em terceira pessoa relatando os fatos.
b) Dar maior formalidade ao discurso de Lampião.
c) Tornar o texto mais expressivo e cultural, unindo informação e tradição popular.
d) Eliminar o papel do repórter no diálogo.
e) Evidenciar a entrevista em detrimento do cordel.
b) Popular de difícil compreensão.
c) Exclusivamente do dialeto religioso.
d) Uso essencialmente denotativa.
e) Traços da oralidade popular e versos rimados.
b) A relação entre fé, perdão e violência.
c) A crucificação de Jesus.
d) A vida cotidiana do cangaço.
e) A importância cultural do cangaço.
b) Força e coragem no combate.
c) Paz e perdão como caminho de vida.
d) Superioridade sobre o cangaço.
e) Justificando o cangaço.
Leia o texto 3 abaixo intitulado “ENTREVISTA”:
Fonte: (https://revoltirinhas.com, 23/06/2016)
16. O humor da tirinha está
no contraste entre:
a)
A pressa do repórter e a calma do entrevistado.
b) A resposta muito longa da entrevistada.
c) A seriedade da candidata e a resposta final da entrevistadora.
d) O tema “ética jornalística”.
e) Na aceitação final da candidata.
b) A resposta muito longa da entrevistada.
c) A seriedade da candidata e a resposta final da entrevistadora.
d) O tema “ética jornalística”.
e) Na aceitação final da candidata.
b) Quer trazer notícias bem embasadas.
c) Busca viajar para outros países.
d) Gosta de escrever Fake News.
e) Prefere escrever notícias sobre famosos.
b) Surpresa, por confirmar as expectativas criadas.
c) Dúvida, pois não há clareza na fala.
d) Raiva pelos jornalistas éticos.
e) Medo, pela confiança que os jornais transmitem.
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GABARITO OFICIAL:
1.
a) Presença de entrevistador (repórteres),
entrevistado (Vinícius Jr.), estrutura em perguntas e respostas, uso de
travessões para fala direta.
b) Denunciar o racismo sofrido nos estádios espanhóis e pedir mudanças institucionais.
c) Conduzir o diálogo, levantar temas e permitir que o entrevistado exponha opiniões e experiências.
d) Segundo ele, sofre racismo por ser negro, atrevido, jogador do Real Madrid e vitorioso — fatores que incomodam os racistas.
e) Ele se sente ofendido, perseguido, emocionalmente abalado, mas também fortalecido pelo apoio recebido e pela luta contra o racismo.
2.
a) A introdução contextualiza o momento,
apresenta a cena e gera empatia antes do início das perguntas.
b) Ao descrever as lágrimas, o repórter sensibiliza o leitor e reforça a gravidade da situação.
c) Porque sair significaria “dar vitória” aos racistas; ele prefere resistir.
d) Afirma que a Espanha, como país, não é racista, mas existem muitos racistas nela.
e) Punições mais severas, ações efetivas de FIFA, UEFA, CONMEBOL e CBF, além de conscientização e educação.
3.
(F)
(V)
(V)
(V)
(F)
4.
a) Indica ações contínuas, em andamento, que se
repetem e dão ideia de permanência.
b) OUTRAS refere-se a pessoas com quem teve reuniões, algumas favoráveis e outras contrárias ao avanço.
c) ATREVIDO, é um adjetivo e serve para qualificar o substantivo JOGADOR.
d) “porém”, “contudo”, “todavia”.
e) São siglas de instituições e, por convenção da norma culta, devem ser grafadas em letras maiúsculas.
5.
B
6. A
7. C
8. B
9. E
10. A
11. B
12. C
13. E
14. B
15. C
16. C
17. B
18. A
b) Denunciar o racismo sofrido nos estádios espanhóis e pedir mudanças institucionais.
c) Conduzir o diálogo, levantar temas e permitir que o entrevistado exponha opiniões e experiências.
d) Segundo ele, sofre racismo por ser negro, atrevido, jogador do Real Madrid e vitorioso — fatores que incomodam os racistas.
e) Ele se sente ofendido, perseguido, emocionalmente abalado, mas também fortalecido pelo apoio recebido e pela luta contra o racismo.
b) Ao descrever as lágrimas, o repórter sensibiliza o leitor e reforça a gravidade da situação.
c) Porque sair significaria “dar vitória” aos racistas; ele prefere resistir.
d) Afirma que a Espanha, como país, não é racista, mas existem muitos racistas nela.
e) Punições mais severas, ações efetivas de FIFA, UEFA, CONMEBOL e CBF, além de conscientização e educação.
(V)
(V)
(V)
(F)
b) OUTRAS refere-se a pessoas com quem teve reuniões, algumas favoráveis e outras contrárias ao avanço.
c) ATREVIDO, é um adjetivo e serve para qualificar o substantivo JOGADOR.
d) “porém”, “contudo”, “todavia”.
e) São siglas de instituições e, por convenção da norma culta, devem ser grafadas em letras maiúsculas.
6. A
7. C
8. B
9. E
10. A
11. B
12. C
13. E
14. B
15. C
16. C
17. B
18. A
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