Ó Pátria
amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de
amor eterno seja símbolo
O lábaro que
ostentas estrelado,
— “Paz no
futuro e glória no passado.”
Nem teme, quem
te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras
mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria
amada!
Pátria amada,
Brasil!
Hino Nacional
do Brasil.
Letra: Joaquim
Osório Duque Estrada.
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1. O uso da norma-padrão na letra do hino nacional do Brasil é justificado
por tratar-se de um(a)
a)
reverência
de um povo a seu país.
b)
gênero
solene de característica protocolar.
c)
canção
concebida sem interferência da oralidade.
d)
escrita
de uma fase mais antiga da língua portuguesa.
(Disponível
em https://www.facebook.com/SeboItinerante/photos/.)
“Acho que só devemos ler a
espécie de livros que nos ferem e trespassam. Um livro tem que ser como um
machado para quebrar o mar de gelo do bom senso e do senso comum."
(Adaptado de
“Franz Kafka, carta a Oscar Pollak, 1904)
2. Assinale o comentário que melhor
traduz as mensagens dos dois textos anteriores
sobre a leitura.
a) A leitura é, fundamentalmente,
processo político. Aqueles que formam leitores – professores, bibliotecários –
desempenham um papel político. (Marisa Lajolo)
b) Pelo que sabemos, quando há um
esforço real de igualitarização, há aumento sensível do hábito de leitura, e
portanto difusão crescente das obras. (Antonio
Candido)
c) Ler é abrir janelas, construir
pontes que ligam o que somos com o que tantos outros imaginaram, pensaram,
escreveram; ler é fazer-nos expandidos. (Gilberto Gil)
d) A leitura é uma forma servil
de sonhar. Se tenho de sonhar, por que não sonhar os meus próprios sonhos?
(Fernando Pessoa)
Há dois tipos de
palavras: as proparoxítonas e o resto. As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar
do léxico. As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas. Para
pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem
acento na sílaba tônica! Sob qualquer
ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. É inequívoca a diferença entre o
arruaceiro e o vândalo. Uma coisa é estar na
ponta – outra,
no vértice. Ser artesão não é
nada, perto de ser artífice. Legal
ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice.
(Adaptado
de Eduardo Affonso, “Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto”.
Disponível em www.facebook.com/eduardo22affonso/.)
3. Segundo o texto, as proparoxítonas
são palavras que
a) garantem
sua pronúncia graças à exigência de uma sílaba tônica.
b) conferem
nobreza ao léxico da língua graças à facilidade de sua pronúncia.
c) revelam
mais prestígio em função de seu pouco uso e de sua mais apuarada pronúncia.
d) exibem
sempre sua prepotência, além de imporem a obrigatoriedade da acentuação.
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar
a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve
aceitar qualquer forma da língua em suas atividades escritas? Não deve mais
corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da
escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as
ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo do dos manuais de instrução; o
dos juízes do Supremo não é o mesmo do dos cordelistas; o dos editoriais dos
jornais não é o mesmo do dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de
seus colunistas.
SÍRIO
POSSENTI. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011
(adaptado).
4. Sírio Possenti
defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o
domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber
a)
descartar as marcas de informalidade do texto.
b)
reservar o emprego da norma padrão aos textos de
circulação ampla.
c)
adequar as formas da língua a diferentes tipos de
texto e contexto.
d)
desprezar as formas da língua previstas pelas
gramáticas e manuais divulgados pela escola.
5. Opportunity
é o nome de um veículo explorador que aterrissou em Marte com a missão de
enviar informações à Terra. A charge apresenta uma crítica ao (à)
a) gasto
exagerado com o envio de robôs a outros planetas.
b)
exploração indiscriminada de outros planetas.
c)
circulação digital excessiva de autorretratos.
d) vulgarização
das descobertas espaciais.
6. Ao analisar
o novo slonga 2019 da montadora Chevrolet, compreende-se que seu efeito de
sentido é produzido por meio da figura de linguagem denominada de:
a)
antítese
b)
paradoxo
c)
metáfora
d)
metonímia
Leia os textos 1 e 2 para responder
as questões 7 e 8:
TEXTO 1:
CASOS DE FEMINICÍDIO CRESCEM 53% EM UM ANO NA PARAÍBA, INDICA ANUÁRIO
BRASILEIRO DA VIOLÊNCIA
Estudo ainda apontou que 74% das mulheres mortas
na Paraíba em 2018 foram vítimas de feminicídio, pior proporção entre os
estados da Paraíba.
O número de feminicídio na Paraíba
cresceu aproximadamente 53% entre 2017 e 2018, segundo dados do Anuário Brasileiro da Violência 2019, divulgados nesta terça-feira
(10). Conforme dados levantados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os
casos passaram de 22 para 34 entre 2017 e 2018. Foi a quarta maior alta em
relação aos estados brasileiros, atrás apenas de Sergipe (163,9%), Amapá
(145,2%) e Rondônia (100%).
Ainda em relação aos casos de violência
contra a mulher presentes no Anuário, o feminicídio é a principal causa de
morte das mulheres na Paraíba. O estudo aponta que 46 mulheres foram mortas
em 2018 no estado, sendo que quase 74% delas foram vítimas de feminicídio,
quando a motivação do crime é relacionada às questões de gênero.
A relação dos números da Paraíba entre
mulheres mortas por feminicídio no ano passado, de aproximadamente 74%, é a
maior entre os estados brasileiros. Em 2017, o mesmo dado na Paraíba era de
aproximadamente 42%.
Os casos de estupro também caíram no
período, passando de 329 para 239 casos de estupros com mulheres vítimas no
ano de 2018. Outro dado que praticamente não variou foi o de agressões
decorrentes de violência doméstica. Foram 2.014 casos registrados em 2017 e
2.002 casos em 2018.
(https://g1.globo.com/pb/paraiba)
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7. Ao analisar o texto 1 e texto 2, é possível
compreender que:
a) O texto 1 apresenta
os dados de modo mais geral, ou seja, em nível nacional.
b) As fontes que
realizaram as pesquisas apresentadas nos dois textos são em nível nacional,
porém o texto 1 focou os dados da Paraíba.
c) O texto 2 contradiz
o texto 1, já que segundo o texto 1 o feminicídio aumentou em 53% e o texto 2
diz que foi 80%.
d)
Devido
à variedade de cores, figuras e ícones o texto 2 confunde o leitor, já que suas
variadas formas de linguagem não permitem uma leitura linear.
8. Quanto ao gênero, pode-se afirmar
corretamente que os textos 1 e 2 são, respectivamente:
a)
Reportagem e gráfico
b)
Notícia e infográfico
c)
Documentário e infográfico
d)
Artigo de opinião e cartaz
No fragmento:
“Esses brasileiros se sentirão como a geração de 1968, que ainda cultiva as lembranças
das heroicas passeatas contra a ditadura, como os manifestantes de 1984, que se emocionam com as
imagens dos comícios das Diretas-já, e como
os caras-pintadas de 1992, que decretaram o fim de um governo corrupto”.
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9. As três ocorrências do termo “como” marcam a presença do recurso de linguagem
a) ironia.
b) metonímia.
c) metáfora.
d) comparação.
PSICOLOGIA DE UM VENCIDO
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância…
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme – este operário das ruínas –
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
(AUGUSTO DOS ANJOS)
10. A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma literatura de
transição designada como pré-modernista. Com relação à poética e à abordagem temática presentes no soneto,
identificam-se marcas dessa literatura
de transição, como
a) a forma do soneto,
os versos metrificados, a presença de
rimas, o vocabulário requintado, que antecipam conceitos estéticos no
Modernismo.
b) a seleção lexical emprestada do cientificismo, como se lê em “carbono e amoníaco”, “epigênesis da infância”, “frialdade inorgânica”.
c) a manutenção de elementos formais vinculados à estética do tradicional, dimensionada pela inovação na expressividade poética e o desconcerto existencial.
d) o empenho do eu lírico pelo resgate da poesia simbolista, manifesta em metáforas como “Monstro de escuridão e rutilância” e “Influência má dos signos do zodíaco”.
GABARITO OFICIAL
1. B
2. C
3. C
4. C
5. C
6. A
7. B
8. B
9. D
10. C
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