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Remígio-PB, Paraíba, Brazil
Mestre em Letras pela UEPB e professor de Língua Portuguesa do ensino médio em escola de tempo INTEGRAL. Meu interesse com esse espaço é poder divulgar e compartilhar com todas e todos minhas atividades escolares e questões objetivas de português para estudos voltados para concursos públicos e o ENEM.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS 3º ANO ENSINO MÉDIO FIGURAS DE LINGUAGEM E PRÉ-MODERNISMO NO BRASIL


O Contrário do Amor


         O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
         O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais no cadastro.
         Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
          Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bungee-jumping, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
          Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

Fonte: Martha Medeiros Trem-bala. L&PM Editores. 1999.


1.      Da leitura do texto, constata-se que a autora:

a)      insinua que as pessoas amam por interesse.

b)      expõe uma visão contrária sobre um conceito único e indiscutível.

c)      descreve características de um personagem do texto que provoca sensações.

d)      destaca o modo de amar das pessoas.

e)      apresenta uma posição sobre a temática do amor e seus contrapontos.

 

2.      Assinale a única alternativa em que o trecho do texto apresenta uma METÁFORA:

a)      “a indiferença é um exílio no deserto.”

b)      “O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho[...]”

c)      “A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água [...]”

d)      “O contrário de bonito é feio [...]”

e)      “perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal[...]”

 

3.      No trecho:

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola.

No trecho acima há uma figura de linguagem que consiste na exposição de palavras diretamente opostas. Esse recurso foi especialmente utilizado pelos autores do período Barroco. Essa figura de linguagem é denominada de:

a)      paradoxo

b)      catacrese

c)      hipérbole

d)      antítese

e)      ironia


4.      Assinale a única alternativa em que há ERRO na indicação da figura de linguagem entre parênteses em relação ao trecho do texto:

a)      “Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal” (METONÍMIA)

b)      “Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio” (SINESTESIA)

c)      “Odiar nos dá fios brancos no cabelo” (EUFEMISMO)

d)      “Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra” (METÁFORA)

e)      “A pessoa em questão pode saltar de bungee-jumping, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí” (HIPÉRBOLE)

 

5.      Leia o print de um diálogo no Whatsapp:

O efeito de humor do texto é provocado pela interpretação literal da resposta dada pela mãe. Contudo, na fala dela está presente uma figura de figura de linguagem que consiste na substituição de uma palavra ou expressão por outra, havendo entre elas algum tipo de ligação. Essa figura denomina-se:

a)      Metonímia    

b)      comparação

c)      Catacrese       

d)      Ironia                  

e)      personificação


Observe a imagem abaixo:

6.      Na imagem acima há uma figura de linguagem que consiste na substituição do nome de uma pessoa por uma característica que ela possui ou por seus feitos, sua profissão etc. Essa figura de linguagem é chamada de:

a)      Eufemismo 

b)      Antonomásia   

c)      Gradação

d)      Metonímia    

e)      Polissíndeto

 


7. O efeito de humor do meme ao lado é provocado por meio de uma figura de linguagem. Assinale a alternativa que traz essa figura: 

a) Metáfora

b) Comparação

c) Ironia

d) Hipérbole

e) Metonímia

 

8. Sobre o Pré-Modernismo no Brasil, indique a alternativa CORRETA.

a) Para muitos estudiosos, o Pré-Modernismo não é uma escola literária e sim um período de transição.

b) O Pré-Modernismo teve início da Semana de Arte Moderna, em 1922.

c) Manuel Bandeira e Graciliano Ramos são autores Pré-Modernistas.

d) Os Sertões e Grande Sertão: Veredas são da autoria de Euclides da Cunha.

e) Dentre as principais características do Pré-Modernismo, podemos citar a liberdade de expressão, subjetivismo e a arte pela arte.

 

9. Autor de apenas um livro, Eu, morreu com apenas 30 anos, e foi um incompreendido. O nome do autor a que se refere a informação acima é:

a) Augusto dos Anjos 

b) Monteiro Lobato 

c)Lima Barreto  

d) Aluísio de Azevedo  

e) Jorge Amado

 

10. Não faz parte do contexto histórico do Pré-Modernismo:

a) Revoltas pelo Brasil  

b)Política do Café com Leite

c) República Velha      

d) Chegada da Família Real ao Brasil.    

e) Revolta de Canudos-BA

 


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